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Capitão da Polícia Militar denúncia agressão sofridas por colegas de farda na Micareta
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Caso ocorreu em carnaval fora de época realizado na cidade de Feira de Santana.
Por Camaçari Notícias
(Foto: TV Subaé/Reprodução)
Um capitão da Polícia Militar repudiou as agressões que sofreu por colegas de corporação, em postagem nas redes sociais nessa quarta-feira (26). Um vídeo registrou o momento ocorrido na manhã da última segunda-feira (24), durante uma abordagem na Micareta de Feira de Santana.
Nas imagens é possível ver Isaac Pereira dos Santos sendo agredido com um cassetete na região das costas e com o rosto ferido. (Veja abaixo)
Na nota divulgada, Isaac detalhou que trabalha há 15 anos na Polícia Militar e que em 14 deles atuou em carnavais e nas micaretas realizadas na cidade, além de outras festas de largo, mas nunca participou de abordagens como a que sofreu.
''Todos que trabalham e trabalharam comigo sabem das orientações de que não devemos usar a força de forma indiscriminada. Nunca usei o bastão na cabeça de alguém, sobretudo com a situação já controlada'', descreveu o capitão.
Confira o texto:
Não achei que tivesse que explicar nada em rede social após a divulgação de imagens da agressão que sofri, porém não posso deixar que alguns mal intencionados apresentem apenas uma versão distorcida do fato.
Dos meus 15 anos na polícia, 14 anos trabalhei em todos os carnavais e micaretas de Feira de Santana, além de outras festas de largo. Sei da necessidade da ação vigorosa e do uso da força nesses eventos e já usei em quase todos eles. Contudo, todos que trabalham ou trabalharam comigo sabem das orientações de que não devemos usar a força de forma indiscriminada, sobretudo sem uma avaliação do cenário e sem necessidade. Dentre todas as ocorrências desse tipo em que participei, nunca usei o bastão na cabeça de alguém, sobretudo com a situação já controlada.
Em qualquer caso, após a situação contida, não cabe agressão a qualquer pessoa que não esboce ação violenta, pior ainda após ter se identificado como Policial Militar.
Fui agredido pelas costas quando já estava identificado e empurrado pelo colega de farda que me agrediu na cabeça sem qualquer necessidade e de forma gratuita. Nosso respeito mútuo não pode ruir em defesa de um falso corporativismo.
Não podemos confundir corporativismo com aceitação a esse tipo de conduta. Repito: o uso da força é necessário, a ação vigorosa é fundamental, mas nossos familiares e a sociedade de bem não merecem sofrer com conduta ISOLADA e violência desmedida como esta que sofri, poderia ter sido um familiar meu ou de qualquer outro policial ou qualquer folião que estivesse ali para curtir.
Agradeço as muitas ligações e mensagens de apoio a mim e ao Cap PM Biluca, isso por si só, pra gente, já diz muito quem somos.
Aproveito para informar que estou bem, fui atendido, medicado e liberado, mas poderia não estar se o golpe pegasse na minha cabeça em cheio. Mas, graças a Deus, isso não aconteceu. Mantive o imprescindível equilíbrio para identificar quem me agrediu e buscar o caminho legal para a devida responsabilização.
Se a situação não tivesse sido filmada eu teria vergonha de dizer que fui agredido por outro Policial Militar, mesmo depois de me identificar, pois respeito muito minha classe e esse tipo de conduta não condiz com as nossas formações.
Entrei na corporação como soldado e sempre respeitei e tratei com urbanidade todos com quem trabalhei, sejam pares, superiores ou liderados. Me perguntaram por que não revidei quando tive a oportunidade. A resposta é simples: nunca desrespeitei ou agredi qualquer policial militar e não seria esta a primeira vez.
Cap PM Isaac
Em nota, a Polícia Militar informou que lamenta as denúncias e que os fatos isolados estão sendo apurados.
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