Mulher é presa suspeita de comprar diploma falso para atuar como cirurgiã plástica em Fortaleza

Jovem de 19 anos foi capturada no momento em que tentava se registrar como médica no Conselho Regional de Medicina. (Foto: reprodução)

Uma mulher foi presa em flagrante pela Polícia Civil do Ceará (PC-CE) na quinta-feira (25) suspeita de comprar um diploma falso para realizar cirurgias plásticas em Fortaleza. Ela foi autuada pelo crime de estelionato.

Maria Eduarda Nunes de Oliveira, de 19 anos, foi detida no momento em que tentava se registrar como médica no Conselho Regional de Medicina (Cremec), no Bairro Joaquim Távora.

A prisão ocorreu após o 27º Distrito Policial (DP) receber denúncia de uma mulher que tentava obter, utilizando um diploma falso, o registro profissional para exercer medicina. Conforme a investigação, o documento foi comprado pela internet pelo valor de R$ 10 mil.

O caso começou a chamar atenção do Cremec quando Maria Eduarda realizou a solicitação do registro, na semana passada, e enviou o diploma falso para o conselho via e-mail.

Segundo o delegado da Polícia Civil Anchieta Fernandes, o primeiro estranhamento veio com idade. O curso de medicina tem duração média de 6 anos - incluindo ensino básico, estudos clínicos e internato - e a jovem tem 19 anos.

O Cremec, então, acionou a polícia, que encontrou uma série de inconsistências no diploma. Na data que, conforme o diploma falso, Maria Eduarda teria colado grau, os policiais civis verificaram junto à instituição de ensino que não havia sido realizada nenhuma colação de grau em nenhuma das suas filiais.

Segundo a Polícia Civil, a instituição de ensino que aparece no documento sequer oferece a graduação em medicina na cidade de Fortaleza. Diante das informações, foi solicitado que a suspeita comparecesse presencialmente ao Cremec na quinta-feira (25) para entregar a documentação restante, e então a Polícia efetuou a prisão.

Na delegacia, Maria Eduarda Nunes de Oliveira confessou o crime e afirmou que a ideia, no futuro, era atuar como cirurgiã plástica. A mulher também informou que, no primeiro momento, não pretendia exercer a profissão, mas apenas apresentar-se socialmente como médica.

Além do diploma falso, a polícia apreendeu o celular da suspeita. A Polícia Civil vai continuar as investigações para identificar demais envolvidos nos crimes de falsificação e venda de diplomas falsos pela internet.

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