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Jovem que denunciou tortura diz que "PMs pediram resgate"

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Jovem que denunciou tortura diz que "PMs pediram resgate"

Por Sites da Web

 

Um dos jovens que acusam policiais da UPP Coroa, Fallet e Fogueteiro de tortura numa abordagem em Santa Teresa, Região Central do Rio, contou em entrevista ao jornal Extra que o objetivo dos PMs era pedir “resgate” para liberar o grupo.

As vítimas têm entre 16 e 23 anos e contaram em depoimento na 6ª DP (Cidade Nova) que foram abordadas, agredidas e obrigadas a ficar nuas na Rua Prefeito João Felipe, por volta das 4h do dia 25.

Segundo a publicação, um dos jovens teve as partes íntimas queimadas com um isqueiro. Outro rapaz foi obrigado a fazer sexo oral com um dos amigos enquanto um PM filmava.

Os quatro jovens voltavam de uma festa de Natal no Morro Santo Amaro, no Catete, para a casa, no Rio Comprido. Eles acusam os PMs Vinícius de Amorim Tosta, Jordane Cabral da Silva, Wesley Medina Assis, Carlos André Lourenço do Nascimento, Diogo Santos Bocks da Silva, Antonio Carlos de Oliveira, Helder Omena Ferreira Ribeiro e Fabio Carlos Santos da Silva. Os PMs foram presos administrativamente.

"Acho que é assim que tratam bandido, né? Logo que nos abordaram, começaram a perguntar onde estavam as drogas e a pedir resgate", relatou um dos jovens, de 23 anos. Além disso, os policiais são investigados por outros dois crimes que aconteceram na mesma noite.

Segundo o Extra, uma mulher de 21 anos foi atingida por um disparo de raspão quando passava pela Rua João Ventura, no Catumbi, por volta das 2h. Ela estava de moto com o namorado e, ao ver um jovem sendo agredido por PMs, desviou do local onde estava a viatura. "Eu estava a uns 70 metros. Não disseram para pararmos, só atiraram", diz a jovem, que também registrou o caso.

Um outro jovem acusou o mesmo grupo de PMs de extorsão. Ele foi abordado com uma moto no Rio Comprido por não usar capacete. O jovem relatou que os PMs pediram R$ 50 para liberá-lo.

Presos

Ainda de acordo com o Extra, oito policiais foram presos administrativamente após as denúncias. A Coordenadoria de Polícia Pacificadora (CPP) disse que “as armas que os PMs usavam foram apresentadas ao delegado”. A 8° Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar os fatos.

Na 6ª DP, um dos PMs assumiu a autoria do disparo que atingiu a mulher. Os PMs também são investigados pelos crimes de furto, ameaça, lesão corporal, constrangimento ilegal e tentativa de homicídio.

Os jovens acusam os policiais de terem roubado cerca de R$ 800, cordões de ouro, chinelo e bonés.

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