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Polícia
Liderança quilombola foi executada em Simões Filho.
Por: Sites da Web
Mãe Bernadete, líder quilombola. Crédito: Divulgação/Conaq
A Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia informou nesta sexta-feira (18) que um inquérito foi instaurado para investigar a morte de Maria Bernadete Pacífico Moreira, liderança do quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.
A PF destaca que a morte do filho de Maria Bernardete, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, assassinado no ano passado, já apurada em inquérito pela mesma regional.
"Todos os esforços estão sendo empregados para a devida apuração da autoria dos homicídios e as investigações seguem em sigilo", diz a corporação em nota.
Crime
"É um crime de mando. Minha família está sendo perseguida", assim define Wellington, filho de Mãe Bernadete, assassinada em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador. O crime aconteceu na noite dessa quinta-feira (17), no local onde a líder quilombola morava.
No momento do crime, ela estava acompanhada dos netos. Os criminosos entraram no imóvel onde funcionava uma associação. Segundo testemunhas, bandidos armados invadiram o terreiro, amarraram pessoas e executaram a tiros a líder quilombola. Os autores dos disparos usavam capacetes quando invadiram a casa de Mãe Bernadete e cometeram o crime. 12 tiros teriam sido disparados contra a líder quilombola.
Em entrevista à TV Bahia, Wellington cobrou investigação pela morte da mãe e também do irmão, Flávio Gabriel Pacífico dos Santos, mais conhecido como Binho do Quilombo, executado em 19 de setembro de 2017. "É um crime de mando. Eu não vou sujar minhas mãos de sangue. Eu vou deixar um recado para o ministro Flávio Dino e o governador Jerônimo Rodrigues, que estava com ela até a semana passada: está fácil de resolver esse crime. Eu peço por favor que se faça justiça. Que não aconteça o que aconteceu com meu irmão. É a chance de elucidar os dois casos", disse.
Ele disse ainda que o local é monitorado por câmeras, que podem ajudar a elucidar o crime. "Se a justiça quiser resolver, ela resolve. Eu sei que sou o próximo alvo. Mas eu não tenho medo não, eu só nasci uma vez e vou morrer. Vou continuar lutando pelos meus direitos porque quilombola é resistência", disse.
Wellington demonstrou indignação com a execução da mãe. "Você matou uma idosa, descarregou uma pistola no rosto de uma idosa. Você é ruim, um escroto e quem mandou matar é pior ainda. Quem mandou matar é um covarde", desabafou. Fonte: Jornal Correio*
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