Caso Kayky Brito: entenda por que Bruno de Luca não deve ser indiciado

Ator Bruno de Luca (à esquerda) e kayky Brito (à direita). Foto: reprodução

O atropelamento envolvendo o ator Kayky Brito, que ocorreu na orla da Barra da Tijuca no início de setembro, continua sendo tema de discussão tanto na imprensa quanto nas redes sociais. Uma das questões em destaque é a possível acusação de omissão de socorro atribuída ao seu colega, Bruno de Luca, que estava presente no momento do acidente.

De acordo com o especialista em Direito e Processo Penal, Leonardo Pantaleão, a atenção está sendo voltada para a omissão de socorro de Bruno de Luca, uma vez que ele foi informado de que seu amigo havia sido atropelado, permaneceu no quiosque e, posteriormente, deixou o local. Isso levanta a questão de se a sua conduta pode ser considerada criminosa, caracterizando o delito de omissão de socorro.

"Isso não procede", afirma Pantaleão, em primeiro lugar. O advogado explica que há dois tipos de crimes que poderiam, em tese, serem aplicados nesse contexto. "E no caso em análise, nenhum deles se aplica a Bruno (de Luca)", disse.

"Mas, a partir do momento que já existem outras pessoas prestando socorro para a vítima, não se pode cogitar que ele praticou a omissão de socorro. O Kayky já estava sendo socorrido e as pessoas acionaram as autoridades específicas", completou o advogado.

Bruno foi ouvido na 16ª DP (Barra da Tijuca), como testemunha do caso. Na saída da delegacia, ele, que estava acompanhado da mulher Sthéfany Vidal, falou com a imprensa e afirmou que está muito abalado.

— Estou mais aliviado, apesar de estar traumatizado. Foi a pior coisa que aconteceu na minha vida. Eu estou muito assustado. O Kayky é o meu melhor amigo, a gente estava escrevendo uma peça juntos, se divertindo. Quando eu fui pagar a conta, aconteceu o que vocês viram. Agora ele precisa se recuperar, eu agradeço muito as mensagens que eu tenho recebido para passar para ele, mensagens para mim também porque o que eu passei foi muito difícil. Eu espero agora conseguir tomar conta da minha cabeça, melhorar a minha vida e seguir em frente — disse Bruno.

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