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Empresário de Camaçari teria mantido mulher presa como escrava sexual por 4 anos

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Empresário de Camaçari teria mantido mulher presa como escrava sexual por 4 anos

O suspeito começou a abusar da vítima após uma proposta por rede social.

Por: Camaçari Notícias

O empresário da rede de cosméticos de Camaçari, preso nessa quarta-feira (24), sob suspeita de estupro, extorsão, além de manter uma mulher de 38 anos, como escrava sexual por pouco mais de quatro anos. A investigação aponta que o homem já aliciou cerca de 40 mulheres para prostituição na Bahia.

As apurações ainda mostraram que a captura do criminoso conduzida por policiais da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Camaçari, ocorreu após uma das vítimas, que seria natural de Minas Gerais, denunciar o caso no início de janeiro, na delegacia de Belo Horizonte.

A mulher relatou que se mudou para Camaçari em 2020, quando os crimes começaram. Inicialmente, o criminoso se passou por uma mulher e começou a conversar com a vítima através do WhatsApp. Ao ganhar a confiança dela, sugeriu que tirasse fotos nuas, sem revelar o rosto, para serem enviadas ao exterior. Após obter os registros, ele passou a ameaçá-la. Segundo a delegada Larissa Mascotte, da Delegacia Especializada de Combate à Violência Sexual (DECVS) em Belo Horizonte, a mulher tinha acabado de se divorciar e estava em uma situação de vulnerabilidade.

Conforme os relatos, as ameaças aumentaram, levando o suspeito a também coagir a mulher a se envolver na prostituição. “O dinheiro de todos os programas era encaminhado diretamente para ele, ela não via nenhum centavo desses programas”, informou a delegada Larissa Mascotte.

“Em um encontro presencial, o investigado comete um estupro, filma o crime, reunindo mais material pornográfico da vítima, e intensifica as ameaças. Ele ainda pega o celular dela, instala um aplicativo espião e passa a exercer total controle da vida da mulher. Ele teve acesso a chamadas telefônicas, mensagens, aplicativos, redes sociais, localização, inclusive a escuta ambiental, da vítima”.

Segundo a delegada, a mulher ainda foi levada, de forma coercitiva, a ser uma profissional do sexo sem receber nada em troca. “Com cem por centro de controle sobre ela, o suspeito começou a fazer da vítima uma escrava sexual, obrigando-a a fazer programas sexuais com outras pessoas, sem repassar qualquer valor para ela”, relatou.

A equipe policial apurou que mesmo depois de um tempo, quando a mulher retornou para Belo Horizonte, ela continuou a ser vítima dos crimes por parte do investigado.

O homem já foi indiciado no ano de 2016 pelos mesmos crimes. Ele foi apresentado na unidade policial de Camaçari e está à disposição da Poder Judiciário.

O suspeito poderá responder por diversos delitos de indução ao suicídio, colocação de terceiros em perigo, extorsão, estupro, perseguição (stalking), violência psicológica, invasão de dispositivo informático alheio, registro não autorizado da intimidade sexual, divulgação de cena de sexo ou pornografia, mediação para satisfazer os desejos lascivos de terceiros mediante grave ameaça, rufianismo e favorecimento da prostituição ou outras formas de exploração sexual.

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