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Motorista por app esfaqueada em assalto em Camaçari relata experiência traumática

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Motorista por app esfaqueada em assalto em Camaçari relata experiência traumática

Motorista sobreviveu após ter recebido mais de 20 facadas.

Por Camaçari Notícias

Lilian Borges, de 46 anos, foi esfaqueada 20 vezes. (Foto: Reprodução/Rafaela Araújo | Ag. A TARDE)

Aterrorizada, mas viva. A motorista por aplicativo Lilian Borges, de 46 anos, reviveu em entrevista à reportagem do A TARDE nesta terça-feira (23), os momentos de terror que viveu após ser sequestrada, obrigada a se ajoelhar e brutalmente esfaqueada mais de 20 vezes durante um assalto em Camaçari, no dia 16 de abril.

Em relato comovente na delegacia de Vilas de Abrantes, unidade policial responsável pelas investigações, Lilian detalhou o passo a passo do dia em que teve que se fingir de morta para sobreviver. Tudo começou com uma corrida aparentemente normal, solicitada por um homem que a chamou de Salvador para Camaçari. O comportamento do passageiro mudou após o pedágio de Camaçari. No viaduto de acesso à Estrada da Cascalheira, ele desviou o trajeto e, com uma arma em punho, ordenou que Lilian se ajoelhasse em um local deserto. Lá, a vítima implorou por sua vida, mas foi recebida com golpes brutais de faca.

Mesmo gravemente ferida, Lilian fingiu-se de morta para enganar o agressor. A estratégia funcionou e o criminoso fugiu no carro da vítima, que foi localizado pela locadora em frente à casa do suspeito.

Socorrida para o Hospital Geral de Camaçari (HGC), Lilian precisou ser internada por uma semana. Apesar da alta hospitalar, a vítima ainda não teve a oportunidade de prestar depoimento formal à polícia, pois o delegado responsável pelo caso não estava na unidade quando ela compareceu à delegacia.

"O sentimento é de descaso", desabafou Lilian. "Completou oito dias do crime, estou me recuperando dos ferimentos, mas esse criminoso está solto, nada foi feito. Ninguém sabe quem ele é, a foto dele não foi divulgada e eu não tenho nenhuma notícia da polícia. É como se o que aconteceu comigo não tivesse importância", lamentou a vítima.

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