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Justiça condena líder espiritual a 20 anos de prisão por abuso sexual de fiéis

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Justiça condena líder espiritual a 20 anos de prisão por abuso sexual de fiéis

O acusado foi condenado a pagar R$ 50 mil a cada vítima como indenização por danos morais

Por Camaçari Notícias

Foto: Camaçari Notícias

O líder da Associação Sociedade Espírita Brasileira Amor Supremo (Sebas), sediada em Salvador, foi sentenciado a 20 anos e cinco meses de prisão em regime fechado por violação sexual mediante fraude contra três mulheres que frequentavam a instituição. Além disso, ele foi condenado a pagar R$ 50 mil a cada vítima como indenização por danos morais.

O acusado afirmava incorporar o espírito do médico alemão Adolph Fritz, conhecido popularmente como Dr. Fritz, associado a tratamentos espirituais. As investigações indicaram que ele explorava a vulnerabilidade das pessoas para cometer os abusos.

A condenação foi anunciada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) na tarde desta segunda-feira (11), dois dias após o homem, de 50 anos, ser preso durante um evento aberto ao público, onde realizaria supostas cirurgias espirituais.

Segundo o MP, ele operava um "esquema de abuso de poder e manipulação psicológica", atraindo seguidores em busca de cura e orientação espiritual. O líder espiritual usava sua posição para assediar mulheres vulneráveis, convencendo-as de que manter relações com ele era necessário para fornecer "energia sexual" às entidades. As vítimas relataram que eram pressionadas a consumir bebidas alcoólicas durante os encontros, o que facilitava as práticas criminosas.

De acordo com o MP, a Justiça destacou a gravidade dos atos, salientando a quebra de confiança cometida pelo líder, que se aproveitava da fé e das fragilidades emocionais das seguidoras para satisfazer seus interesses, e reconheceu a continuidade dos delitos, observando que os abusos ocorreram ao longo de um período prolongado e de forma recorrente.

A sentença foi emitida pela 4ª Vara de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Salvador, que também expediu o mandado de prisão contra ele. A ordem foi cumprida por equipes do Departamento de Proteção à Mulher, Cidadania e Pessoas Vulneráveis (DPMCV) da Polícia Civil, no bairro da Pituba, onde fica o templo.

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