Perícia da PF conclui que morte do homem-bomba no STF foi causada por traumatismo

Francisco Wanderley Luiz, morreu após explodir bomba na Praça dos Três Poderes, em Brasília • Reprodução/Twitter

A Polícia Federal (PF) concluiu a perícia sobre a morte de Francisco Wanderley Luiz, o homem-bomba responsável pelo ataque ao Supremo Tribunal Federal (STF). A causa da morte foi identificada pelos peritos como traumatismo encefálico causado pela explosão.

O laudo de 66 páginas explica que, de acordo com os achados necroscópicos, a provável dinâmica do incidente envolveu Wanderley deitado com a cabeça no chão, segurando o artefato explosivo com a mão direita contra a própria cabeça, em contato com a pele. O exame necroscópico — que incluiu análises diretas, radiográficas e tomográficas — descartou qualquer possibilidade de que ele tenha sido atingido por disparos de arma de fogo. A teoria, que circulou nas redes sociais, de que Wanderley teria sido baleado por policiais no local, foi desmentida pela perícia.

Os peritos criminais federais concluíram que, do ponto de vista pericial, a causa mais provável da morte foi suicídio, com base nos vestígios encontrados e na psicopatologia observada. O laudo foi finalizado no final da tarde de segunda-feira (25) no Instituto Nacional de Criminalística (INC) e enviado para a Polícia Federal, que segue com as investigações na Divisão Antiterrorismo.

O ataque ao STF ocorreu em 13 de novembro, quando duas bombas foram lançadas contra o prédio. A primeira não explodiu, enquanto a segunda detonou e dispersou fragmentos de porcas de metal, que foram expelidos por um dispositivo de pólvora dentro de um tubo de PVC. Um terceiro artefato foi acionado, e Wanderley se deitou sobre a bomba, resultando em sua morte na explosão. Imagens mostram o chapéu do homem ao lado de seu corpo no local.

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