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Ré por matar pai e madrasta morre em hospital no RS

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Ré por matar pai e madrasta morre em hospital no RS

Com a morte da ré, o processo contra ela será encerrado

Por: Camaçari Notícias

Foto: Camaçari Notícias

Cláudia de Almeida Heger, 51 anos, acusada de matar o pai e a madrasta em Cachoeirinha, na região metropolitana de Porto Alegre (RS), morreu após ser transferida para o Centro de Custódia Hospitalar Vila Nova. A informação foi confirmada pela Secretaria de Sistemas Penal e Socioeducativo (SSPS) do Rio Grande do Sul, segundo o portal Terra.

A transferência ocorreu na última quarta-feira (19), a pedido do médico da Unidade Básica de Saúde (UBS) da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, onde Cláudia estava presa desde maio de 2023. No dia seguinte, ela faleceu devido a complicações de saúde, incluindo diabetes, obesidade, hipertensão arterial e infecção urinária.

Cláudia e seu filho, Andrew Heger Ribas, 29 anos, foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio qualificado e ocultação dos cadáveres de Rubem Affonso Heger, 85, e Marlene dos Passos Stafford Heger, 53. Além disso, ambos respondiam por maus-tratos a animais e fraude processual. Cláudia também havia sido acusada de desacato, enquanto Andrew respondia por resistência à abordagem policial. Com a morte da ré, o processo contra ela será encerrado.

Andrew permanece internado no Instituto Psiquiátrico Forense de Porto Alegre e foi considerado inimputável devido a uma condição psiquiátrica. A Justiça aguarda novas perícias, incluindo a análise das cinzas encontradas em uma churrasqueira, onde ele afirmou que os corpos foram queimados. O júri popular que estava marcado para a próxima quinta-feira (27) foi cancelado para novas investigações.

O crime

Rubem Heger e Marlene desapareceram em fevereiro de 2022. Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PC-RS), Cláudia e Andrew foram as últimas pessoas a terem contato com o casal. Os corpos nunca foram encontrados.

Em depoimento, Cláudia alegou que levou o pai e a madrasta para passar alguns dias em Canoas (RS) e que, ao sair para uma consulta médica, eles desapareceram. No entanto, Andrew relatou que viu o avô e a companheira adormecerem no sofá e depois testemunhou sua mãe removendo os corpos do local. Ele afirmou que os restos mortais foram queimados em uma churrasqueira por 36 horas e descartados em uma área de mata próxima ao Rio Gravataí.

Cláudia e Andrew foram indiciados em maio de 2022. Posteriormente, Cláudia obteve prisão domiciliar por apresentar um laudo médico que indicava paraplegia. No entanto, em março de 2023, foi flagrada andando dentro do Hospital Vila Nova, em Porto Alegre, o que levou o Ministério Público a solicitar sua transferência para o sistema penitenciário.

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