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Fisioterapeuta e farmacêutica são indiciados após clientes sofrerem lesões graves em procedimentos estéticos

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Fisioterapeuta e farmacêutica são indiciados após clientes sofrerem lesões graves em procedimentos estéticos

Uma das vítimas ficou com deformidade permanente e incapacidade para atividades habituais por mais de 30 dias.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Ascom/PCBA

Em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia, um fisioterapeuta e uma farmacêutica foram indiciados após duas mulheres sofrerem lesões graves durante procedimentos estéticos realizados em uma clínica localizada no centro da cidade. A Polícia Civil concluiu o inquérito na última quinta-feira (24).

A investigação revelou que uma das vítimas ficou com deformidade permanente e incapacidade para realizar suas atividades habituais por mais de 30 dias. A outra paciente apresentou hipersensibilidade e dor abdominal, com o mesmo período de afastamento das suas funções. Os procedimentos ocorreram em maio de 2024 e janeiro de 2025.

Na clínica, a Polícia Civil encontrou vários produtos com validade vencida, ausência de alvará sanitário e diversas irregularidades, como o uso de um micro-ondas doméstico para aquecer seringas com plasma, que chegaram a explodir dentro do aparelho. Quatro salas foram interditadas e o celular do fisioterapeuta foi apreendido.

A investigação também apontou que o fisioterapeuta encaminhava as pacientes para uma farmácia específica, onde compravam medicamentos manipulados com nomes fantasia, sem a indicação clara dos compostos ou das dosagens. Isso impossibilitava a cotação em outras farmácias e comprometia a segurança do tratamento.

Além disso, os envolvidos foram acusados de prática de propaganda enganosa, oferecendo serviços e produtos sem apresentar informações claras sobre composição e finalidade. Laudos técnicos indicaram sérias falhas nas rotulagens dos medicamentos, como a falta de dados obrigatórios, o que configura um crime contra a saúde pública. A ausência dessas informações coloca os pacientes em risco de intoxicação ou outros eventos adversos.

O fisioterapeuta foi indiciado por dois crimes de lesão corporal grave, um de lesão gravíssima, exercício ilegal da medicina, falsificação de produto terapêutico e propaganda enganosa. Já a farmacêutica foi indiciada por falsificação de produto destinado a fins medicinais e propaganda enganosa. Ambos responderão em liberdade. A conclusão do inquérito foi encaminhada ao Poder Judiciário, ao Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 7ª Região (Crefito-7) e ao Conselho Regional de Farmácia da Bahia (CRF-BA).

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