“Ele destruiu minha vida”, diz jovem estuprada após homem roubar celular

A jovem relembra que foi obrigada a sair do veículo e retirar a roupa, sendo violentada sexualmente.

 

“Ele destruiu a minha vida”, desabafa universitária vítima de homem preso suspeito de estupro após roubar celular e marcar encontros com amigas da vítima. Segundo a jovem, José Antônio Batista Santos, 34 anos, falava com ela com se fosse uma amiga e queria detalhes da sua vida. Ainda segunda a universitária, o homem insistia em convidá-la para sair.

— Ele insistiu durante vários dias, quando na quinta-feira ele falou assim para mim: 'vai ter uma festa em Vilas, vamos? O rapaz vai passar pra pegar todas as meninas. Ele vai passar pra pegar você também'.

A mulher teria dito que estaria no trabalho e sairia tarde, mas o acusado afirmou que o horário que ela saísse o suposto motorista, que era ele mesmo, passaria para buscá-la. A vítima aceitou o convite, mas ele continuou a pressionado pelo whatsApp durante o horário de trabalho, querendo saber se ela iria mesmo para a festa.

Ela conta que, no início, o suposto Uber foi muito educado e a viagem transcorria normalmente “até o momento que a gente se aproximou de Vilas, que ele falou que nós iríamos mudar o percurso, que nós íamos pegar mais pessoas e, nesse percurso, ele passou pela praia de Ipitanga e entrou em uma rua de barro”. A mulher questionou o trajeto escolhido pelo condutor, mas foi tranquilizada por ele, que pediu para ela não se preocupar.

— De repente, ele entra em um terreno baldio, mato de um lado, mato de outro, e só o barro assim. Foi a hora que ele parou o carro e puxou a faca e anunciou: ‘isso daqui é um assalto’. Eu falei, pelo amor de Deus, não faça nada comigo.

O homem, que estava armado com uma faca,  amarrou as mãos da jovem com uma corda. Ainda segundo a vítima, o acusado a obrigou a fazer sexo oral e filmou o ato. O homem teria pedido para ela retirar a roupa, mas ela não conseguia, pois estava com as mãos amarradas. A jovem relembra que foi obrigada a sair do veículo e retirar a roupa, sendo violentada sexualmente.

— Quando eu sai, ele tirou a minha roupa e começou a fazer todo tipo de sexo, das formas mais terríveis, da forma mais agressiva, desumano.

A jovem ainda conta que foi vendada e alvejada por dois disparos de arma de fogo e caiu no chão. No início, ele fingiu que estava morta para tentar escapar do criminoso.

— Pra ele eu estava morta, tanto que ele ainda veio pegar no meu pulso, pra ver se eu estava com vida ainda. Foi quando eu fiquei ali deitada, por mais de 30 minutos.

O homem teria ido embora, mas voltou e começou a arrastar a mulher pelos pés e a jogou dentro de um buraco, que ele teria cavado momentos antes. O acusado ainda teria agredido a mulher com um golpe de pá no rosto. Desesperada, a universitária disse que segurou o objeto e entrou em luta com o estuprador.

— Eu falei: "Pelo amor de Deus, não me mate, não mate". Foi um milagre de Deus que aquele homem não terminou de me executar naquele momento.

O homem teria dito que a deixaria viva, contudo a jovem seria obrigada a deixar Salvador ou sua família seria assassinada. A vítima conseguiu escapar do ataque violento, mas a sua rotina mudou drasticamente. Ela confessa que não é mais a mesma pessoa.

— Eu vivo amedrontada, eu não saio na rua, eu tomo remédio pra dormir, eu passo por tratamento psicológico. Minha vida nunca mais vai ser a mesma. Tudo o que ele fez comigo, essa extrema crueldade. Ele não é louco, ele não é maluco, não. Ele é muito inteligente, ele é um monstro. Ele não pode ficar solto.