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'Não merecia um fim desse', diz vizinha de pai morto pelo filho em São Caetano

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'Não merecia um fim desse', diz vizinha de pai morto pelo filho em São Caetano

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Por: Sites da Web

Marca de sangue em local onde pintor foi morto e companheira esfaqueada (Foto: Marina Silva/CORREIO)

Principal suspeito de matar o próprio pai, na madrugada desta sexta-feira (12), no bairro de São Caetano, em Salvador, José Henrique Santos Cena, 19 anos, alegou legítima defesa quando os policiais chegaram para prendê-lo. Informações do Jornal Correio*

“Ele disse: ‘eu não sei o que fiz. Meu pai tentou me enforcar e eu me defendi’. Mas a polícia descobriu logo a mentira”, contou uma vizinha da vítima, que acompanhou o momento em que José Henrique era colocado dentro de uma guarnição da Polícia Militar. 

Além de ser acusado de matar o próprio pai, o pintor de construção civil José Barbosa de Cena, 61, José Henrique, que é usuário de drogas, teria tentado matar também a madrasta Rosana Aelo Sousa, 55, que foi golpeada na cabeça.

Ela foi socorrida ao Hospital Geral do Estado (HGE) e, no trajeto, contou que acordou com os gritos do marido sendo atacado pelo filho. Segundo a polícia, foram quatro golpes de arma branca, sendo três nas costas e um na clavícula. 

Rosana relatou ainda que o motivo dos ataques seria uma discussão que pai e filho tiveram horas antes pelo fato de José Barbosa ter negado dinheiro para o acusado comprar drogas.

Em nota, a Polícia Civil informou que “o homem acusado de cometer o crime foi conduzido para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde está sendo ouvido” na tarde desta sexta (12).

Ataque
O crime aconteceu por volta das 3h, na Rua Nestor Duarte. Quando escutou os gritos de Rosana, a vizinha acreditava que um ladrão havia invadido a casa de número 137. Mas ao entrar no imóvel, ela ficou horrorizada.

“Nunca vou esquecer aquela cena. Ele já estava morto, todo ensanguentado. Ele não merecia um fim desse. O filho não trabalhava e, mesmo assim, ele dava tudo”, contou. 

A mulher disse que, mesmo ferida e abalada, Rosana relatava o que havia acontecido. “Disse que ela e o marido dormiam quando foram atacados pelo rapaz. Primeiro ele aplicou os golpes no pai. Depois, quando tentou matar também a madrasta, o pai ainda segurou a mão e foi novamente atacado. Quando (José Henrique) caiu em si, na besteira que fez, o pai já estava morto e ele começou a gritar para ligarem para o Samu”, continuou a vizinha.

Para ela, a morte de José Barbosa é algo que dificilmente irá esquecer. “Vê-lo coberto de sangue, uma pessoa do bem, tranquila, que nunca teve problema com ninguém aqui, sempre prestativo... Ele era o meu melhor vizinho. O que mais dói é saber que quem fez isso foi o próprio o filho”, concluiu. 

Pintor
Na manhã desta sexta (12), colegas de José Barbosa estiveram na casa da vítima. Logo cedo, foram informados da tragédia e tentavam obter mais informações. Um deles foi o também pintor Rubens Ramos. “Não acreditamos e decidimos vir aqui. Ele trabalhava na empresa há mais de dois anos, inclusive foi quem me treinou. Sou muito grato a ele por tudo que aprendi. Estamos arrasados”, comentou. José Barbosa trabalhava numa obra na Estrada Velha do Aeroporto. 

Ele morava em São Caetano há mais de 10 anos com Rosana. O filho estava antes com a mãe, no município de Saúde, Centro Norte do estado, e passou a residir com o pai e a madrasta há dois anos. Ainda não há informações sobre o enterro da vítima. 

PM
Em relação ao crime, a Polícia Militar informou que “policiais militares da 9ª CIPM foram acionados pelo Cicom com informações de que havia o corpo de um homem atingido por arma branca, no interior de uma residência situada na Rua Nestor Duarte, no bairro de São Caetano."

Ainda segundo a corporação, no local, após constatar o fato, policiais militares fizeram o isolamento da área e solicitaram os agentes do Departamento de Polícia Técnica (DPT) para remoção.

"A guarnição foi informada por familiares que a vítima foi atingida pelo próprio filho, que foi preso em flagrante e encaminhado para ao Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), para a adoção das medidas cabíveis”, conclui o comunicado.

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