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Polícia
Ela é suspeita de atuar como doleira para o narcotráfico e chegou a ser condenada na Operação Lava Jato.
Por: G1
(Foto: Geraldo Bubniak/Folhapress)
A doleira Nelma Kodama foi presa na manhã desta terça-feira (19), em Portugal, durante uma operação da Polícia Federal contra o tráfico internacional. Ela é suspeita de atuar como doleira para o narcotráfico e chegou a ser condenada na Operação Lava Jato.
Outras cinco pessoas foram presas no Brasil, entre elas o ex-secretário estadual de ciência e tecnologia de MT, Nilton Borgato, que se licenciou do cargo para disputar uma vaga de deputado federal.
A operação, batizada de Descobrimento, cumpre nove mandados de prisão na Bahia – onde a operação foi iniciada –, São Paulo, Mato Grosso, Rondônia e Pernambuco e dois mandados de prisão em Portugal.
No Brasil, também foram decretadas medidas de apreensão, sequestro de imóveis e bloqueios de valores em contas bancárias dos investigados. Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Federal de Salvador e pela Justiça portuguesa.
Nas investigações, a PF contou com a colaboração da Drug Enforcement Administration (DEA), uma agência norte-americana de combate às drogas), da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes da Polícia Judiciária Portuguesa e do Ministério Público Federal.
Quem é Nelma Kodama: presa em operação contra tráfico foi doleira alvo da Lava Jato
Nelma Kodama atuava em parceria com o doleiro Alberto Youssef. Em outubro de 2014 ela foi condenada, em primeira instância, a 18 anos de prisão por corrupção, evasão de divisas e organização criminosa.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a doleira tentou fugir para Itália com 200 mil euros escondidos na calcinha ao saber que estaria sendo investigada pela Polícia Federal. Sua prisão acorreu em março de 2014 no Aeroporto Internacional de Guarulhos.
Ela ficou conhecida após cantar a música "Amada Amante", em 2015, durante um depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Na ocasião, ela disse que os euros apreendidos com ela no Aeroporto de Guarulhos não estavam na calcinha.
Em 2016, a doleira acordo de delação premiada e saiu da cadeia. Ela passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica.
Em 2016, fechou acordo de delação premiada e deixou a cadeia. Ela passou a ser monitorada por tornozeleira eletrônica. Foi condenada a 14 anos de prisão por crimes como evasão de divisas e corrupção.
Investigações
As investigações começaram em fevereiro de 2021, quando meia tonelada de cocaína foi apreendida no táxi aéreo de uma empresa portuguesa, no Aeroporto Internacional de Salvador. A droga foi encontrada enquanto a aeronave era abastecida. Na ocasião, cinco pessoas foram conduzidas para Polícia Federal. Na época, no entanto, a PF e a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) não informaram se o grupo ficou preso.
Com a apreensão, a polícia conseguiu identificar a estrutura da organização criminosa, que atuava no Brasil e em Portugal. Segundo a PF, os investigados são fornecedores da cocaína, mecânicos de aviação e auxiliares, que abriam a aeronave para guardar a droga. Além disso, transportadores dos voos e doleiros eram os responsáveis pela movimentação financeira do grupo criminoso.
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