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Em ações truculentas, homens armados assaltam passageiros e rodoviários de ônibus em Salvador

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Em ações truculentas, homens armados assaltam passageiros e rodoviários de ônibus em Salvador

Casos foram registrados no Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc).

Por: G1

(Foto: Reprodução/TV Bahia)

Passageiros e rodoviários de dois ônibus do transporte público de Salvador foram assaltados em ações truculentas na manhã desta quinta-feira (12). Ambos coletivos foram assaltados durante a primeira viagem do dia.

Os casos foram registrados no Grupo Especial de Repressão a Roubos em Coletivos (Gerrc). O primeiro crime aconteceu na Avenida Vasco da Gama, uma das principais da capital baiana. Esse coletivo fazia a linha Pituba/Lapa.

Nele, um homem entrou armado com uma pistola e assaltou passageiros e rodoviários. As vítimas relataram que ele estava muito agressivo, e fazia ameaças a todo o tempo, com a arma em punho. O rodoviário Diego Santana, que estava no veículo como passageiro, deu detalhes sobre a ação.

“Eu estava indo para o trabalho, quando o meliante entrou no ponto do HGE [Hospital Geral do Estado], sentido Lapa. Quando o carro se deslocou do ponto, ele anunciou o assalto. Deu logo a voz [de assalto] ao motorista, dizendo que ia dar um tiro na cara dele, se ele tentasse alguma coisa, se desse o sinal. Logo de imediato, ele me pediu o celular, eu estava próximo ao motorista, me forçou a passar o torniquete, roubou os celulares dos colegas que estavam em serviço".

"Tinha mais ou menos umas 40 pessoas no carro [ônibus]. Ele mandou algumas pessoas ficarem ajoelhadas no lastro do carro, para não tentar reação e foi fazendo terror até a altura da Avenida Garibaldi. Foi um momento muito complicado para a gente agora pela manhã”.

Diego contou ainda que o suspeito aparentava estar transtornado e apontava a arma para as pessoas o tempo inteiro.

“Estava armado, com uma pistola preta, dizendo que quem tentasse reagir ele ia dar um tiro na cabeça. Pedindo para alguém reagir. Ele parecia que queria matar, tirar a vida de alguém. Foi um momento de puro pânico para a gente”.

“Como cobrador, trabalhando, eu já fui assaltado quatro vezes. Como passageiro, é a primeira vez. Tive o celular levado, cartão de banco, fora o susto que a gente fica. Acordar de manhã com uma arma na cara é complicado”

O rodoviário desabafou sobre a falta de segurança que os rodoviários têm enfrentado. Os relatos de assaltos a coletivos e são frequentes, mesmo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) apontando uma queda nos registros.

“Depois de prestar queixa aqui a gente ainda tem que ir na garagem, passar a situação para o gerente, para ver o que vai fazer. Está muito complicado, todo dia assaltam os rodoviários. A gente não tem mais segurança pública. A gente sai de manhã pedindo a Deus para ter um dia tranquilo e de paz, mas infelizmente essas coisas têm acontecido com frequência”.

Assalto no Subúrbio Ferroviário

O segundo assalto foi praticado na BA-528, mais conhecida como Estrada do Derba. Essa via é um dos pontos críticos de relatos do crime, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. O veículo assaltado nesta manhã fazia a linha Paripe/Aeroporto.

De acordo com o rodoviário que dirigia o coletivo, e preferiu não se identificar por medo, o crime foi cometido por três homens, que estavam armados com facas. Os suspeitos entraram no ônibus no bairro de Vista Alegre.

"Os três estavam no ponto de Vista Alegre, ficaram no meio dos passageiros, entraram como passageiros, pagaram a passagem do transporte e depois anunciaram o assalto. Todos três pagaram a passagem. Eles pegaram ali em Vista Alegre e depois da rotatória do Hospital do Subúrbio anunciam o assalto, e soltam na entrada de Boca da Mata de Valéria".

"Agiram dando nome de baixo calão, saqueando todo mundo. Só que hoje eles vieram de um modo diferente. Não vieram com armas de fogo, vieram com arma branca. Todos os três estavam com facas”.

Assim como o relato do primeiro coletivo assaltado, o rodoviário falou sobre a constante sensação de insegurança que a categoria vive, assim como os passageiros.

“Estou me sentindo meio abalado. Não só eu, como todos os passageiros. A gente já está cansado disso, direto isso acontece ali. Graças a Deus não feriram ninguém, só levaram os pertences mesmo. A gente sai para trabalhar com um temor. Primeiro tem que botar Deus na frente e seguir o caminho, mas a gente sai para trabalhar e não sabe se vai voltar. Está demais”.

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