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Polícia
Funcionária acusou Celso Leonardo Barbosa de também vigiar as mulheres que não cediam aos abusos.
Por: Sites da Web
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Após denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias que derrubaram o então presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, novas acusações revelam que o ex-vice da instituição acobertava os abusos.
Em entrevista ao 'Fantástico', da TV Globo, exibida no domingo (3), uma funcionária acusa o ex-vice-presidente da Caixa, Celso Leonardo Barbosa, de acobertar abusos e vigiar as mulheres que não cediam ao assédio do então presidente do banco. “Nós vivíamos uma prisão velada. Uma prisão de ser monitorada pelo fato de a gente ter 'dito não'", disse uma das funcionárias.
As mulheres que não cediam ao assédio ficavam "marcadas". Segundo as funcionárias ouvidas pela reportagem, Celso Leonardo fingia acolher as mulheres que resistiam aos assédios de Pedro Guimarães para monitorar se havia o risco de denúncia por parte das servidoras. "Não é que ele acolhia, era uma forma de monitorar se aquela história poderia, por exemplo, vazar".
"O 01 assedia e 02 protege com intuito de monitorar”, disse uma das funcionárias, sem ter a identidade revelada.
O caso
O portal Metrópoles publicou na terça-feira, (28), a notícia de que o executivo é investigado pelo Ministério Público Federal (MPF) por suposto crime de assédio sexual. As denúncias foram feitas por funcionárias da Caixa Econômica Federal. Cinco mulheres relataram as abordagens inapropriadas do presidente do banco.
Alguns relatos das mulheres que denunciaram Pedro Guimarães dão conta de atitudes inapropriadas, situações desconfortáveis e até toques em partes íntimas durante abraços longos do chefe. À TV Globo, vítimas deram detalhes da conduta, como o costume de Guimarães em tocar partes íntimas durante abraços.
"Abraços mais fortes, me abraça direito e nesses abraços o braço escapava e tocava no seio, nas partes íntimas atrás, era dessa forma", disse uma delas.
Outra vítima relatou ainda uma ocasião em que levou um carregador de celular para o presidente da Caixa, a seu pedido, e foi recebida pelo chefe vestindo apenas um samba-canção.
A cúpula de comando do banco estatal sabia do que estava acontecendo - e agiu para acobertar os casos, segundo a coluna de Ana Flor, da TV Globo.
Os primeiros casos foram registrados nos canais de denúncia da Caixa em 2019, ano em que Guimarães assumiu como presidente do banco.
Além de terem sigo ignoradas, as denúncias geravam consequências para as vítimas. De acordo com Ana Flor, as denunciantes eram transferidas, recebiam cargos em outros locais ou ficavam temporadas no exterior. Já quem ajudava a encobrir os casos de assédio recebia promoções dentro do banco.
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