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Moradora de Camaçari é perseguida por ex-namorado: ‘Ele disse que eu o abandonei’

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Moradora de Camaçari é perseguida por ex-namorado: ‘Ele disse que eu o abandonei’

Relacionamento durou cerca de 3 meses

Por Camaçari Notícias

(Foto: Reprodução)

Após terminar um relacionamento, uma mulher está sendo perseguida e sofrendo ameaças. O caso lhe parece familiar? Pois é, ultimamente temos visto diversas histórias como esta, só que dessa vez, a personagem é moradora de Camaçari. Ela, que não terá o nome divulgado por questão de segurança, procurou a redação do CN1 para contar como tudo aconteceu, acompanhe:

“Eu conheci esse rapaz através de uma amiga no mês de fevereiro e começamos a conversar por WhatsApp. No mês de abril, nos conhecemos pessoalmente e ficamos amigos. Um dia fui almoçar com ele e comecei a me envolver, ele era uma pessoa calma, tranquila, bem compreensivo”.

“Começamos a namorar, eu conheci a família dele e ele a minha, frequentávamos a casa um do outro, só que de um mês pra cá ele começou a me sufocar, não deixar eu fazer nada sozinha, a quer estar presente o tempo todo e eu não queria isso pra minha vida, então comecei a me afastar”.

“Há 15 dias, eu dei um basta, conversamos, eu disse que queria terminar, ele me pediu pra pensar e eu disse que não, que era minha decisão final. No dia seguinte, eu falei com ele por telefone, reafirmando que não queria mais essa relação e ele começou a tomar remédio, dizendo que ia morrer e a culpa era minha, dizendo que eu destruí a vida dele”.

O homem chegou a enviar um vídeo para a ex-namorada, onde mostra uma grande quantidade de comprimidos de quitosana, suplemento natural feito com as cascas de crustáceos. Na gravação ele diz que vai tomar todas as capsulas “pra ver se faz efeito” e que ela era culpada por brincar com os sentimentos dele.

Não satisfeito, o homem começou a perseguir a ex-companheira. “Ele disse que eu o abandonei, mas que isso não ia ficar assim, que ia me infernizar. Ficou mandando mensagem, ligando o tempo todo. Até que ontem, quando eu cheguei em casa depois do trabalho, ele estava lá. Conseguiu entrar no meu condomínio usando um documento falso”.

“Eu saí correndo, gritando por socorro e fui na delegacia prestar uma queixa. E hoje, quando eu cheguei pra trabalhar, ele estava na porta da minha empresa me esperando. Depois ligou pra mim e disse que estava aqui me esperando desde cedo”.

À nossa reportagem, a mulher conta que o ex-namorado ainda não chegou a verbalizar uma ameaça de morte, porém sempre insinua. “Ele fala tipo, você não quer me dar uma chance, mas é a última vez”. Uma medida protetiva foi pedida e a audiência foi marcada para o mês de agosto. Enquanto isso, a mulher segue apreensiva, especialmente depois de tantos casos de violência doméstica aos quais assistimos todos os dias.

Lembrando que a ameaça se enquadra como violência psicológica, de acordo com a Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06).

 

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