Igor Kannário critica uso de gestos de facções em Salvador

Durante sua participação no programa TVE Revista, apresentado pela jornalista Naiara Oliveira, o cantor Igor Kannário fez críticas ao uso de gestos e símbolos associados a facções criminosas em Salvador. Segundo ele, esses sinais têm impulsionado a violência na cidade, afetando, principalmente, pessoas que não têm envolvimento com o tráfico de drogas e acabam reproduzindo esses gestos sem entender seu significado.

"Eu conheço muita gente, já andei por todas as quebradas. No meu tempo, não havia perigo de andar na Valéria, no Bairro da Paz, na Suburbana… Não existia essa história de um, dois, três, quatro", relembrou Kannário, referindo-se a um período em que a violência não era tão intensa na capital baiana.

O ex-deputado federal enfatizou que, em sua época, não havia divisões entre pessoas baseadas nesses símbolos e defendeu o direito de ir e vir da população que não tem ligação com o crime. "Eu sou do tempo de um por todos e todos por um, em que dois nunca foi divisão e três sempre foi a trindade. Precisamos falar sobre isso, porque esse problema está incomodando a mim e a todos os trabalhadores honestos que vivem dentro da lei e não deveriam estar no meio desse fogo cruzado entre o crime e a segurança pública", destacou.

Kannário reforçou que sua crítica não se direcionava a nomes ou siglas de organizações criminosas, mas sim à disseminação dos gestos ligados a facções. "Não estou falando de siglas, estou falando dos gestos, dessa onda de facção. Hoje, eu não me envolvo, mas sei que sou ouvido, e por isso preciso tocar nesse assunto", concluiu o cantor.

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