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Entenda por que cientistas estão muito preocupados com avanço rápido da Inteligência artificial

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Entenda por que cientistas estão muito preocupados com avanço rápido da Inteligência artificial

O estopim foi o lançamento, há apenas duas semanas, do ChatGPT-4.

Por: Camaçari Notícias

(Foto: reprodução)

Centenas de pessoas ligadas à área de tecnologia assinaram, esta semana, uma carta em que pedem uma pausa de seis meses no desenvolvimento da inteligência artificial. A carta diz que estamos em um ponto que pode significar uma mudança profunda na história do planeta e que a inteligência artificial está sendo desenvolvida dentro de empresas, em caixas pretas, numa corrida tecnológica que nem seus próprios criadores são mais capazes de controlar. O estopim foi o lançamento, há apenas duas semanas, do ChatGPT-4.

Um dos autores da carta, o professor Max Tegmark, físico do Massachusetts Institute of Technology (MIT), fez o alerta ao Jornal Nacional, em matéria publicada no portal G1, e listou alguns perigos da tecnologia: “Os governos podem usar a inteligência artificial para vigilância e controle; que o robô pode operar armas de guerra automatizadas; promover ataques cibernéticos; pode se tornar mais inteligente que humanos; se tornar impossível de controlar; e tomar grande parte dos nossos empregos”.

Só que, nos últimos meses, o crescimento foi tão rápido, que deixou os próprios pesquisadores assustados. E, por isso, resolveram publicar o pedido: que se congele todo o desenvolvimento dessa tecnologia por seis meses.

O professor Max diz que não estamos prontos para nos tornarmos obsoletos, que isso poderia causar caos social. Mas a maior crítica à carta é realmente essa: que ela está projetando o futuro e não olhando o presente.

Assinaram cientistas do mundo todo, incluindo o popular pensador israelense Yuval Harari. Além de chefões de empresas que desenvolvem inteligência artificial como Elon Musk e Steve Wozniak, co-fundador da Apple.

O professor Luis Lamb, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, que estuda no MIT, tem outra preocupação:

"Se nós pararmos o desenvolvimento dessas pesquisas nos Estados Unidos, não significa que outros países concorrentes vão parar. Não há garantia nenhuma de que outros países, outros lugares pararão o desenvolvimento dessa tecnologia, e vão deixar de usar essa tecnologia mesmo que ela apresente algum risco", alerta.

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