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Esporte
Por: Sites da Web
O Internacional terminou 2015 com um título (Campeonato Gaúcho), duas eliminações (Libertadores e Copa do Brasil) e na quinta colocação do Campeonato Brasileiro, ou seja, fora da zona classificatória à competição sul-americana de 2016. O que ninguém esperava, porém, é que, um dos principais jogadores do elenco, o meia Alex, tenha sentido tanto em dois momentos do ano Colorado.
"Já tinha sido assim com a Chapecoense, ano passado, e por coincidência, jogamos contra o Fluminense na rodada seguinte. Tem uma ferida dentro de mim por causa desses dois jogos de uma maneira que você não tem noção. Depois dos cinco no Gre-Nal, teve também a questão da Libertadores, eu não estava me reconhecendo, eu não tinha condições para falar (com a imprensa)", disse o jogador em entrevista ao "Zero Hora".
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"É a primeira vez que vou falar isso: eu passei a fazer terapia, passei a tomar remédio, entrei em depressão. Mesmo assim eu tinha de jogar. Não queria dizer isso, usar isso de alguma maneira. Hoje me sinto bem. Não é só questão dentro de campo. Tem coisa de fora que entra no campo", acrescentou.
Alex revelou também como foi importante sua famíila em um momento tão delicado e que a inconstância dos torcedores é necessário 'uma clínica para se tratar'.
"Por causa de um resultado o cara passa a ser mau caráter, vagabundo. O cara vai lá no aeroporto jogar rojão na gente, te chamar de vagabundo, de velho. Passa dois jogos o mesmo cara diz que você é rei, é maestro. Isso abre uma ferida muito grande e você tem de parar em uma clínica para se tratar. Eu, graças a Deus, tenho uma família, pessoas por trás que me dizem "vem cá, o que está acontecendo contigo?'", salientou.
Por fim, o meia de 33 anos revelou que não pensou em se aposentar, mas que deixar o clube gaúcho foi uma das opções que passaram pela sua cabeça.
"Não, mas pensei em não renovar com o Inter. Você acha que a indefinição para renovar não me sugou? Claro que sim. Me atrapalhou. O Nilmar foi embora e agora ele é mercenário. Não pensa no clube. Mas na hora que você gosta do clube, quer ficar no clube, as pessoas não te querem. Só o jogador é culpado. Só o treinador é culpado", afirmou.
"Tem de se saber quem está querendo apenas sugar o dinheiro do clube e quem está se dedicando. Fiz quase 40 jogos no ano e dizem que eu sou velho. Mas não falam que o Alex corre atrás de um lateral, passa a bola para o companheiro fazer gol, chega junto em um volante. Parece que as pessoas não vêem isso. Às vezes é preciso ter um coadjuvante para que outros possam ser protagonistas. É uma equipe", concluiu.
Desde 2013 no Internacional, Alex já entrou em campo 113 vezes nesta segunda passagem e fez 33 gols. No total, são dez títulos, entre eles a Libertadores e o Mundial de 2006.