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Esporte Clube Bahia pode ter prejuízo de até R$ 60 milhões, diz Bellintani

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Esporte Clube Bahia pode ter prejuízo de até R$ 60 milhões, diz Bellintani

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Por: Pesquisa Web

Presidente disse que o Bahia vai respeitar etapas para retorno às atividades | Foto: E.C.Bahia | Felipe Oliveira

Após cerca de dois meses de bola parada no Brasil e com o fim das férias coletivas provocadas pela pandemia do coronavírus, o Bahia já esboça retorno do elenco às atividades. Segundo o presidente do Tricolor, Guilherme Bellintani, a postura adotada pelo clube é muito cautelosa em relação à possível volta do futebol.

"Assim como outros seguimentos da sociedade, o momento é de colaborar com as autoridades para o controle da pandemia. Já retomamos as atividades com treinos individuais realizados em casa, estamos acompanhando por videos e planilhas. Essa é a primeira etapa do retorno. A segunda fase, realizada com treinos, será no Centro de Treinamento (CT), sem nenhuma atividade que gere contato entre eles, porém, ainda não existe uma previsão para isso", disse Bellintani em entrevista ao programa Isso é Bahia, da Rádio A TARDE FM, na manhã desta quinta-feira, 14.

Preocupado em respeitar as etapas do processo de retorno, Bellintani evitou falar sobre as partidas. "Só vamos falar em retorno aos jogos após o retorno aos treinos, uma etapa de cada vez, a cautela indica isso. Primeiro o retorno às atividades, que já começaram em casa, depois a volta aos treinos, no CT, em seguida as partidas sem público, e somente em uma quarta etapa, provavelmente com público reduzido, as partidas com torcida", declarou o presidente.

Durante a conversa, o presidente brincou com a paralisação dos jogos: "Se me falassem que o Bahia ia ficar 2 meses sem perder, eu ia ficar muito alegre, mas não nessas circunstâncias".

Prejuízo financeiro

O prejuízo financeiro causado pela Covid-19 também foi um dos temas abordados por Bellintani na conversa. "Desde o começo da pandemia refizemos o nosso planejamento estratégico e financeiro. O baque será grande. Em 2019, faturamos R$ 190 milhões, o dobro de 2017, devemos perder de R$ 30 mi a R$ 40 milhões desses R$ 190 milhões, cerca 20% de queda. Essa perda vai variar entre R$ 30 milhões e R$ 60 milhões. O prejuízo pode depender do mercado internacional, circunstancias do plano de sócio, ao qual fizemos um apelo, para que se mantenha nessa posição, pois é o nosso maior patrocinador", declarou.

Previsão

O dirigente ainda fez uma previsão de como será o futebol pós-pandemia. "Um calendário atípico, com mais jogos, menos intervalos entre as partidas, com muita racionalidade, mas colocando acima e de tudo o controle epidemiológico. Para o atleta que tem o corpo como principal ferramenta de trabalho, ficar parado dois meses é muito ruim", observou.

Questionado sobre uma possível pressão politica sobre o retorno do futebol, o presidente deu como exemplo o retorno da dupla GreNal (Grêmio e Internacional). "Tenho participado de muitas reuniões com os clubes, uma, duas vezes por semana, não vejo que estão aderindo a uma pressão politica, os clubes que voltaram, o Grêmio e Inter entenderam, com o aval do prefeito de Porto Alegre e do governador, que as condições são favoráveis no Rio Grande do Sul".

O presidente do Tricolor também falou sobre o contato entre diretoria e os jogadores. "A comunicação tem sido muito intensa, nos reunimos pelo menos uma vez por semana, com a minha presença, a presença do diretor de futebol, Diego Cerri, e do vice-presidente, Victor Ferraz. Além de acompanhar as decisões, os atletas participam delas. As opiniões são sempre bem-vindas, são em parceria com os atletas. No Bahia a gente faz mais que avisar, a gente divide com os atletas as tomadas de decisão", afirmou.

Bolsonaro e a camisa tricolor

Provocado, Bellintani comentou sobre o passeio do presidente da República, Jair Bolsonaro, em que aparece com a camisa do Bahia em um vídeo. De acordo com o gestor, o Bahia quer ser reconhecido por noticias positivas e causas afirmativas, como a inclusão social, a defesa à comunidade LGBT, o fim do assédio às mulheres nos estádios, o reconhecimento de paternidade e o isolamento social em meio à pandemia.

"O Bahia vai ser parceiro de todas essas campanhas que prezam pelo avanço social equilibrado e justo. Naturalmente foi ruim ver a camisa do Bahia relacionada ao momento de 10 mil mortes (causadas pela Covid-19), mas cada um usa a camisa do Bahia e não posso condenar o presidente da República, de jeito nenhum. Dentro da torcida do Bahia tem pessoas que votam em A, B ou C e não posso ficar condenando pessoas, tenho que lutar por causas e é isso que o Bahia tem feito", frisou. Fonte: A Tarde*

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