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Natureza: 84 tartarugas mortas no Sul da Bahia este ano

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Natureza: 84 tartarugas mortas no Sul da Bahia este ano

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Por: Pesquisa Web

A ação predatória do homem por meio da pesca é a principal causa da mortalidade das tartarugas na Bahia.

As tartarugas marinhas têm como os primeiros predadores naturais, as raposas, caranguejos e formigas. Ao nascerem, os filhotes se tornam vulneráveis à predação por aves marinhas, caranguejos, polvos, uma grande diversidade de peixes marinhos, além da ação predatória humana.

De acordo com dados do Projeto a-mar, que atua no Litoral Sul da Bahia, de janeiro até agosto deste ano, foram 84 tartarugas encontradas mortas na região. Ainda de acordo com a organização, os dados são alarmantes, se comparados com os números do mesmo período do ano passado, que registraram 35 animais encontrados mortos. 

Já segundo informações do Projeto Tamar, na maturidade, as tartarugas marinhas são relativamente imunes à predação. A exceção é a desova, pois é quando ela está fora do mar. Na praia, perde a agilidade, torna-se lenta e indefesa, fica totalmente exposta aos ataques de predadores.

O veterinário do Projeto, Wellington Laudano, explica que a maioria das tartarugas encontradas sem vida este ano, morreram de forma involuntária, por causa de equipamentos de pescas. Das mortes, três delas que eram da espécie Oliva, estavam no período de reprodução. “No Litoral Sul, 80% delas, estão relacionadas à morte acidental em redes de pescas. Elas não são o foco do pescador. Normalmente elas competem com eles e acabam entrando nas redes acidentalmente”, revela.

Em segundo lugar, as mortes estão ligadas à ingestão de plástico e lixo, por conta da poluição no ambiente que elas vivem. Ainda segundo o veterinário, em terceiro lugar vêm as enfermidades e as doenças. “Por último, tem ainda as causas naturais que chegam aí a 1%, causas das mortes”.

Causas

De acordo com Wellington, é muito comum as tartarugas morrerem depois de se enroscarem nas redes. Isso porque, muitas vezes os pescadores, sem saber, que elas ainda estão vivas, acabam matando de verdade e depois ainda, jogando-as no mar, para fugir da fiscalização. “Nós fazemos campanhas de conscientizações, vamos às praias, falamos com pescadores e as famílias. Mas realmente precisamos de mais apoio. Precisamos de pessoas comprometidas a ajudar”.  

O veterinário faz ainda um apelo, para que as pessoas tenham mais cuidado na hora de observar se a tartaruga realmente está morta. “A tartaruga pode entrar em apneia, onde ela para de respirar por algumas horas e dá a impressão de estarem mortas, porém, existem maneiras de ressuscitação, onde com as técnicas corretas podem voltar para o mar sem nenhuma sequela”, explica.

A equipe do Projeto ressalta ainda que, nunca viu nos pescadores um adversário na luta para salvar as tartarugas. Porém, para converter esta situação, o projeto está lançando, ainda este mês, um projeto para capacitação que ajude a salvar as tartarugas do nosso litoral.

O educador ambiental Alvimar Valadares, explica que normalmente eles vão encontrar os pescadores nas praias. “Falamos com as famílias, com as crianças. Todos vão repassando um para o outro. Essa é a forma mais fácil de chegar junto a eles”, frisa.  Fonte: Tribuna da Bahia*

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