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<b>Conheça o grupo Umuarama que resgata a memória da antiga Camaçari</b>

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Conheça o grupo Umuarama que resgata a memória da antiga Camaçari

Por: Sheila Barretto

Marivaldo Guimarães, Jacinea de Jesus e Jorge Oscar (Foto: Rudson Santos/CN)

Para quem chegou há pouco tempo em Camaçari é difícil imaginar como a cidade era antes da instalação do Polo Industrial. Muitas pessoas de diversas partes do país e até de outros países, vieram para cá buscando uma oportunidade de emprego, o que transformou totalmente a realidade da cidade. E foi para resgatar essa memória e reunir os antigos moradores, que foi criado o grupo Umuarama – Associação dos Amigos, da História e da Memória de Camaçari.

O nome Umuarama tem origem no Tupi Guarani e significa ‘encontro de amigos’, por isso mesmo foi o nome ideal para batizar este grupo que há 13 anos se reúne uma vez por ano em um grande encontro no Clube Social da cidade. “Luís Corbacho e José Emílio, conhecido como Zeca de Baéco, sentaram com o pessoal da década de 1960 e pensaram no que fazer para reunir o pessoal que jogava futebol, que era algo como uma festa aos domingos em Camaçari o campeonato local. Então eles queriam trazer o grupo de futebol de volta pra Camaçari. A finalidade do grupo é essa, trazer as pessoas que estão fora de Camaçari pra passar um domingo batendo um papo e nos últimos 13 anos, nós conseguimos que muita gente que tinha 10, 20, 30 anos que não vinha à cidade, viessem”, explica Marivaldo Guimarães, um dos diretores.

Os encontros, que começaram de forma bem modesta, acabaram tomando grandes proporções, como conta a presidente Jacinéa de Jesus. “O primeiro foi com 20 pessoas, depois 300, chegou até a 1.900 pessoas. Esse encontro pra gente é maravilhoso, tem shows de bandas com artistas da cidade. Nós temos que preservar as nossas raízes e é um encontro belíssimo porque vêm pessoas que há 40 anos não passavam por Camaçari”.

Como o Umuarama é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, eles desenvolvem diversas atividades durante o ano para arrecadar fundos e poder custear o grande encontro que acontece sempre no mês de setembro. “Fazemos feijoada, caruru, balaio junino, estamos tentando fazer um bazar. Esse ano, tivemos uma boa ajuda, mas não é sempre, então o grupo tem que se mobilizar”, disse dona Jacinéa. Eles também arrecadam brinquedos que são distribuídos em creches do município no Dia das Crianças.

O também diretor do grupo, Jorge Oscar, ressalta que esses encontros são democráticos, sem levar em consideração a cor da pele, a religião ou o partido político. “As pessoas vão lá, encontram os velhos amigos, batem papo, relaxam, ficam ali o dia todo, nunca teve nenhum problema. Isso é o ponto alto da nossa festa. É uma festa democrática, não se reserva mesa pra ninguém e é por isso que ainda tá existindo esse evento. Como não tem esse esquema de privilégios, até hoje a festa continua”.

Após a chegada de tantas pessoas e a mudança brusca por que a cidade passou, o verdadeiro interesse desse grupo é manter viva a história desta terra. “O interesse é não perder esse elo com a Camaçari antiga, com a nossa história”, pontua dona Jacinéa.

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