Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Polícia

/

Ainda voltou pra olhar, diz testemunha sobre envolvido em morte de PM

Polícia

Ainda voltou pra olhar, diz testemunha sobre envolvido em morte de PM

Por Pesquisa Web

Peritos técnicos da Polícia Civil trabalham na cena do crime, em Brotas (Foto: Arisson Marinho/CORREIO)

 

“Quem matou sabia que ele ficava naquele bar toda segunda-feira”. A frase é do segurança João (nome fictício), colega do policial militar da reserva renumerada Carlos José de Jesus Cruz, 50 anos, morto no bairro de Brotas, no início da tarde desta segunda-feira (2). O militar aposentado trabalhava como vigilante de uma loja de frios da região apenas às segundas. “Carlos tirava minha folga uma vez por semana. Ele costumava vigiar a loja de lá do bar. Eu estava em casa na hora que o pessoal começou a me ligar. Todo mundo ficou sem entender, porque ele era um cara do bem”, lamentou o amigo.

A morte do policial assustou os comerciantes da região. Uma lojista, que preferiu não ser identificada, falou sobre o momento do crime: ”Eu estava varrendo a calçada, quando duas motos chegaram na porta do bar. A primeira moto tinha dois homens, mas a segunda só tinha um. Na hora, eu cheguei a achar que fosse bomba, mas os funcionários da loja de frios começaram a gritar”. De acordo com ela, o homem que pilotava a segunda moto ainda voltou ao local para se certificar de que o policial estava morto. “O que estava sozinho ainda voltou pra olhar”, reforçou.

Colega do policial, o motorista José Carlos também ficou surpreso com o crime. “A gente fica perplexo com a situação, porque eu falei com ele às 11h. O crime me surpreendeu, porque ele era um cara tranquilo e de poucas palavras”, comentou. Um homem que costuma beber no mesmo bar onde o policial estava disse que se salvou por pouco. “Minha perna está tremendo até agora, meu Deus! Acho que foi um livramento, pois eu bebo lá direto”, contou.

Investigação
A força-tarefa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) que investiga a morte de policiais já começou a ouvir as testemunhas sobre o atentado que vitimou o sargento da reserva remunerada. “O crime aconteceu em um horário de grande movimento. Já estamos colhendo informações sobre os autores”, afirmou o coordenador da força-tarefa, delegado Odair Carneiro. Ele afirmou ainda que câmeras de estabelecimentos próximos também devem ajudar a identificar os criminosos. Uma das hipóteses investigadas é a de vingança.

Ainda no local do crime, o major Guanaes falou sobre a investigação do caso: ”Inicialmente, a gente descarta a possibilidade de latrocínio, pois não tem nenhum sinal de subtração de material. Até a arma ainda está aí”, afirmou ele.
A polícia foi acionada às 14h, 30 minutos após o crime. Segundo a perita criminal Karla Camacam, o agente aposentado estava sentado e não teve capacidade de reagir aos disparos. “Ele foi surpreendido e não teve chances de defesa”, disse ela.

O secretário da Segurança Pública Maurício Teles Barbosa lamentou a morte do sargento, que já trabalhou na Assistência Militar da pasta e determinou prioridade na investigação do caso. “Era um homem honesto e trabalhador, que enquanto serviu à polícia baiana sempre foi exemplo de dedicação. Não vamos baixar a guarda enquanto não prendermos os autores deste crime”, declarou. Carlos Cruz é o 18º policial militar assassinado na Bahia este ano. Informações do Correio*

Relacionados

VER TODOS