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Número de jovens que não trabalham e nem estudam é alto no Brasil

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Número de jovens que não trabalham e nem estudam é alto no Brasil

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Por: Camaçari Notícias

Em meio aos desafios enfrentados pelo Brasil no cenário socioeconômico, um preocupante dado se destaca: o alto número de jovens que não trabalham e nem estudam, uma realidade que coloca o país em segundo lugar no ranking mundial, de acordo com dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) referentes ao ano de 2022. Apenas a África do Sul supera o Brasil nesse indicador.

A expressão "geração nem-nem" tem sido cada vez mais utilizada para descrever esse grupo de jovens que se encontra em uma situação delicada, incapaz de ingressar no mercado de trabalho e também de dar continuidade aos estudos. Para muitos, essa é uma batalha árdua e complexa, com várias barreiras a serem superadas.

Segundo a OCDE, a taxa de jovens entre 18 e 24 anos que se enquadram na categoria "nem-nem" no Brasil chega a alarmantes 36%. Esse cenário revela a urgente necessidade de ações estratégicas e políticas públicas voltadas para a capacitação e inserção desses jovens no mercado de trabalho, bem como para o incentivo à continuidade de suas formações acadêmicas.

Dentro desse contexto, um estudo elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) trouxe à tona detalhes importantes sobre essa parcela da população. De acordo com a pesquisa, a "geração nem-nem" é predominantemente composta por mulheres, representando 73% do total. A gravidez precoce se destaca como uma das principais causas dessa situação, evidenciando a necessidade de políticas voltadas para a prevenção e suporte às jovens mães.

Além disso, o Ipea também apresentou dados alarmantes sobre a situação de desemprego prolongado no Brasil. Cerca de 3 milhões de pessoas estão desocupadas e em busca de emprego há mais de dois anos, enquanto aproximadamente 5 milhões se encontram em um estado de desalento, tendo desistido de procurar trabalho. Metade desses indivíduos não completou sequer o ensino fundamental, destacando a importância de investimentos na educação básica e na qualificação profissional.

Dentre os desalentados, um quarto está na faixa etária de 18 a 24 anos, reforçando a preocupação com a falta de perspectivas e oportunidades para a juventude brasileira. Nesse sentido, é fundamental que sejam implementadas medidas que visem a capacitação, o acesso à educação e a criação de postos de trabalho condizentes com as habilidades e aspirações dessa geração.

Em um país com tamanha riqueza e diversidade, a atual situação dos jovens "nem-nem" é um sinal de alerta para a necessidade de mudanças estruturais e investimentos consistentes em políticas sociais e educacionais. Somente por meio de um esforço conjunto, envolvendo governo, sociedade e setor privado, será possível reverter esse quadro e proporcionar um futuro mais promissor para a juventude brasileira.

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