Imóveis: violência desvaloriza propriedades em até 30%, mostra estudo

(Foto: Banco de imagens/Pixabay)

A violência no Brasil impõe um alto custo para as empresas e para o país como um todo. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as empresas brasileiras desembolsam cerca de R$ 171 bilhões por ano em segurança privada, o equivalente a 1,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse montante, superior ao orçamento anual do Ministério da Educação, poderia ser direcionado para investimentos em produção, pesquisa e desenvolvimento, impulsionando a competitividade e o crescimento do país.

O impacto da violência não se limita ao âmbito empresarial. O mercado imobiliário também é afetado, com imóveis localizados em áreas com altos índices de criminalidade podendo ter seu valor reduzido em até 30%. Essa desvalorização impacta diretamente o patrimônio das famílias e dificulta o acesso à moradia digna.

A destinação de recursos para a segurança em detrimento de outras áreas estratégicas, como educação e saúde, pode levar à desindustrialização e prejudicar o desenvolvimento social e econômico do país. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública alerta para o risco de as empresas migrarem para regiões mais seguras, abandonando áreas com altos índices de violência, o que agravaria ainda mais a desigualdade regional.

Diante desse cenário, é urgente a implementação de políticas públicas eficazes para o combate à violência no Brasil. Tais medidas devem ser abrangentes e contemplar ações de prevenção social, repressão qualificada e investimento em inteligência policial.

Dados atualizados do Ipea:

• Custo da violência para as empresas: R$ 171 bilhões por ano;
• Impacto no PIB: 1,7%;
• Desvalorização de imóveis em áreas violentas: até 30%;
• Risco de desindustrialização: áreas com altos índices de violência podem ser abandonadas por empresas.

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