Cerca de 40% dos lares no Norte e Nordeste enfrentam algum grau de insegurança alimentar

(Foto: Istockphoto)

A pesquisa PNAD Contínua Segurança Alimentar 2023, do IBGE, destaca os desafios enfrentados pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil em relação à segurança alimentar. Apenas cerca de 60% dos domicílios nessas regiões estão em situação de segurança alimentar, em comparação com índices mais altos nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul. A insegurança alimentar moderada ou grave é mais prevalente no Norte e no Nordeste, afetando cerca de 16% e 15% dos domicílios, respectivamente.

Os estados com as maiores proporções de insegurança alimentar moderada ou grave são Pará, Amapá e Sergipe, enquanto Santa Catarina, Paraná e Rondônia apresentam os menores índices. Apesar das disparidades regionais, a pesquisa indica uma melhoria na segurança alimentar no Brasil, com 72,4% dos domicílios em 2023 em condição de segurança alimentar, um aumento de 9,1 pontos percentuais em relação ao levantamento anterior.

No entanto, ainda há 27,6% dos domicílios brasileiros enfrentando algum nível de insegurança alimentar, com uma redução geral em comparação com os dados anteriores. A insegurança alimentar não se limita à falta extrema de comida, mas também inclui acesso a alimentos de qualidade inadequada ou custos elevados, afetando principalmente áreas rurais.

A distribuição racial também é destacada, com a maioria dos chefes de domicílio em situação de insegurança alimentar sendo pardos, seguidos por brancos e pretos. Embora a pesquisa seja recente, o IBGE já monitorava o tema desde 2004, evidenciando uma mudança positiva ao longo do tempo, com um aumento no acesso garantido a alimentos em todo o país.

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