Conab requer comprovação de capacidade técnica e financeira das vencedoras do leilão de arroz

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) emitiu um comunicado em seu site convocando as Bolsas de Mercadorias para validar a capacidade técnica e financeira das empresas que adquiriram 263,7 mil toneladas de arroz importado em um leilão realizado na quinta-feira (6).

Após o leilão, críticas ao governo, especialmente da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, atualmente senadora pelo Partido Progressistas de Mato Grosso do Sul, surgiram levantando suspeitas sobre a participação de empresas desconhecidas do mercado que adquiriram alguns lotes.

De acordo com a nota oficial da Conab, as empresas foram representadas pelas Bolsas de Mercadorias e, devido às "dúvidas e repercussões" em relação ao resultado do leilão, o presidente da Conab, Edegar Pretto, optou por tomar essa medida. "A transparência e a segurança jurídica são princípios inegociáveis e a Conab está atenta para garantir segurança jurídica e solidez nessa grande operação", afirmou Pretto na nota.

Das quatro empresas vencedoras, apenas uma, a Zafira Trading, atua no ramo. Além dela, uma fabricante de sorvetes, uma mercearia de bairro especializada em queijos e uma locadora de veículos também arremataram lotes no leilão.

A senadora Tereza Cristina, em suas redes sociais, solicitou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que fiscalize o leilão, o qual ela qualifica como "milionário", enfatizando que nunca utilizou recursos públicos para adquirir arroz. O Partido Novo acionou o TCU para investigar e suspender o resultado do leilão.

No dia seguinte, a Conab emitiu um esclarecimento em seu site diante da polêmica, afirmando que o formato do leilão do arroz importado "utiliza as Bolsas de Mercadorias como intermediárias", as quais são previamente cadastradas e certificadas pela companhia, assumindo responsabilidade legal pelas propostas apresentadas em nome de seus clientes.

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