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Força Aérea Brasileiro diz que imprensa não teve acesso aos materiais.
Por: Camaçari Notícias
As gravações mostram cerca de duas horas de conversas, que terminam com gritos e o choque da aeronave no solo.
A análise inicial do gravador de voz da cabine do avião da Voepass, que caiu com 62 pessoas a bordo em Vinhedo, São Paulo, na última sexta-feira, 9, revelou que o copiloto Humberto de Campos Alencar e Silva questionou o piloto Danilo Santos Romano sobre a situação da aeronave ao perceber que estava perdendo sustentação. De acordo com uma reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, divulgada nessa quarta-feira, 14, o acidente ocorreu cerca de um minuto após o início da gravação, que termina com gritos.
O Laboratório de Leitura e Análise de Dados de Gravadores de Voo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), órgão da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pela investigação, transcreveu aproximadamente duas horas de conversa entre o piloto e o copiloto. A FAB informou que a imprensa ainda não teve acesso aos áudios, transcrições e dados das caixas-pretas.
Segundo a Globo, ainda não foi possível determinar a causa da queda do avião. O modelo ATR 72-500 possui hélices muito próximas da cabine, o que causou um nível de ruído que dificultou a compreensão dos diálogos. Não foram detectados sinais de alerta relacionados a incêndio, falha elétrica ou pane no motor.
Investigadores disseram que o copiloto chegou a sugerir que era necessário aumentar a potência para estabilizar a aeronave e evitar a queda, após notar a perda de sustentação. O relatório preliminar sobre o acidente deve ser divulgado em 30 dias.
A investigação está sendo conduzida pelo Cenipa, ligado à Força Aérea Brasileira (FAB). Este é o acidente com o maior número de vítimas desde o ocorrido com a aeronave da TAM em São Paulo, em 17 de junho de 2007, que causou 199 mortes.
A Voepass declarou que o avião do tipo ATR estava em boas condições e havia sido recentemente mantido. Este modelo, amplamente utilizado para viagens curtas, é considerado seguro.
A Força Aérea, por meio do Cenipa, afirma que nenhum veículo de imprensa teve acesso aos áudios, transcrições ou dados das caixas-pretas da aeronave de matrícula PS-VPB, envolvida no acidente em Vinhedo. O Cenipa assegura que está seguindo rigorosamente os protocolos estabelecidos pela Lei 7.565/1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica), pelo Decreto 9.540/2018 e pelo Anexo 13 da Convenção sobre Aviação Civil Internacional de 1944. A FAB reitera seu compromisso com a transparência e seriedade na condução das investigações e com o respeito à dor dos familiares das vítimas.
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