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Enfermeira e médica são indiciados pela morte de idoso que recebeu dose inadequada de quimioterapia

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Enfermeira e médica são indiciados pela morte de idoso que recebeu dose inadequada de quimioterapia

Vítima recebeu dose quase quatro vezes superior à prescrita pelos médicos no tratamento de câncer na medula óssea.

Por: Camaçari Notícias

Nilton Carlos Araújo, de 69 anos, morreu após receber dose a mais de quimioterapia. (Foto: Arquivo pessoal)

A Polícia Civil indiciou um enfermeiro e uma médica pela morte de Nilton Carlos Araújo, de 69 anos. Em agosto deste ano, ele veio a óbito após ser submetido a quatro sessões de quimioterapia de uma só vez, enquanto tratava um câncer na medula óssea no hospital da MedSênior em Belo Horizonte.

De acordo com a Polícia Civil, eles foram acusados de "dolo eventual". Segundo as apurações, a vítima começou a terapia em março. No dia 19 de agosto, o profissional de enfermagem teria administrado uma dose "bastante superior à prescrita", culminando em uma overdose e complicações que culminaram na morte do paciente.

No total, quatro injeções somaram 8,78 mg do medicamento. No entanto, a receita previa apenas 2,29 mg. "O especialista desprezou as identificações individuais das seringas, que estavam destinadas a outros pacientes”, disse a Polícia Civil.

A vítima apresentou mal-estar em duas ocasiões. Em seguida, o quadro evoluiu para internação com ventilação mecânica. A morte ocorreu quatro dias depois.

As investigações concluíram que, apesar de o enfermeiro ter comunicado o erro à enfermeira-chefe, ele não registrou o fato no prontuário médico, o que “impediu a adoção de medidas corretivas por parte dos médicos plantonistas”.

Com relação à médica responsável pelo tratamento, a Polícia Civil concluiu que ela “foi informada sobre a situação, mas optou por não tomar providências para tentar reverter o quadro grave do paciente”.

“Após ouvir testemunhas, analisar prontuários médicos, realizar sindicâncias internas e laudos periciais, a PCMG concluiu que os investigados, o enfermeiro e a médica, agiram com dolo eventual. Ambos assumiram o risco de causar a morte ao optar por não agir, mesmo tendo plenas condições de tentar evitar a morte do paciente”, informou a corporação. Com informações do portal O Tempo*

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