Exame confirma arsênio em vítimas que comeram bolo em confraternização

Exames laboratoriais detectaram a presença de arsênio no sangue de uma das vítimas fatais e de dois sobreviventes que consumiram um bolo durante uma confraternização em Torres, no Rio Grande do Sul. Neuza Denise dos Santos, que faleceu, e os sobreviventes — a mulher responsável por preparar o bolo e uma criança de 10 anos — apresentaram traços da substância em seus exames. Ambos seguem internados em estado estável. A polícia investiga o caso como um possível envenenamento.

Outras duas vítimas fatais, Maida Berenice Flores da Silva e Tatiana Denize Silva dos Santos, sofreram paradas cardiorrespiratórias. No total, cinco pessoas que ingeriram o bolo buscaram atendimento médico no Hospital Nossa Senhora dos Navegantes. Duas morreram na madrugada de terça-feira (24) e a terceira à noite. A mulher que fez o bolo encontra-se em estado crítico, enquanto a criança permanece internada em uma sala de emergência.

O arsênio, identificado no sangue das vítimas, é um elemento químico altamente tóxico, cuja comercialização é restrita a fins laboratoriais e à fabricação de pesticidas. A ingestão da substância pode provocar intoxicações agudas ou crônicas, afetando órgãos vitais como rins, fígado e coração. A hipótese de envenenamento deliberado é uma das principais linhas de investigação.

Um fato que chama a atenção é que o ex-marido da mulher que preparou o bolo faleceu em setembro, gerando suspeitas sobre a causa de sua morte. A polícia pretende solicitar a exumação do corpo para aprofundar as investigações.

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