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Por G1
Faxineira teve reação alérgica à escova progressiva
A mulher de 28 anos, que precisou de atendimento médico após fazer uma escova progressiva em São José do Rio Preto (SP), diz que já havia passado pelo procedimento em outra ocasião, mas que desta vez teve reação alérgica e sentiu medo de ficar cega. "Tive medo de ficar cega, de perder a vista porque meu olho não abria, minha testa estava muito grande e eu até precisei de ajuda para poder andar. A médica legista disse que como agora já estou abrindo o olho não tem perigo. Só que não estou podendo trabalhar, estou perdendo dia de faxina", diz a faxineira Andreza Cristina Fernanda de Souza.
Ela conta que voltou ao salão de beleza onde fez o procedimento na terça-feira (25) e a cabeleireira lavou o cabelo dela e lhe deu dinheiro para pegar ônibus e resolver as questões referentes à alergia. "Ela meu deu R$ 20 para pegar ônibus e correr atrás das coisas. Eu já tinha feito no salão dela, mas desta vez exageraram no formol", afirma. A TV TEM conversou com um dos donos do local onde ela fez o procedimento e ele disse que o produto usado na progressiva da faxineira tinha formol, mas em uma quantidade mínima, autorizada pela Vigilância Sanitária.
O empresário disse ainda que os funcionários sempre fazem teste em uma pequena mecha de cabelo para ver se a pessoa tem reação alérgica, que isso foi feito com a faxineira e no dia ela não apresentou reação. Andreza diz que tinha o cabelo curto e enrolado antes de passar pelo procedimento. "Tinha o cabelo bem curtinho e enroladinho. Fui fazer relaxamento e escova progressiva junto, no mesmo dia e hora, no sábado (22), porque na quarta-feira (26) tenho audiência da minha filha e queria deixar minha aparência, transformar."
Ela relata que no domingo (23) já amanheceu com a testa brilhando e que ao tomar banho, quando a água escorria, os olhos ardiam. "No domingo ficou sem inchar nem nada, mas quando acordei na segunda-feira (24) começou a inchar e eu não conseguia trabalhar porque meu olho estava totalmente fechado", conta. A faxineira foi levada por uma amiga da patroa à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Jaguaré, onde tomou uma injeção antialérgica e remédio. No local, a orientaram a procurar a polícia. "Estou com feridas na cabeça. Fui na advogada e ela vai entrar com processo. Acho que foi por causa do formol, eu sou alérgica e não sabia", diz.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a legislação só permite o uso de formol em cosméticos como conservante, com limite máximo de 0,2% durante a fabricação do produto, e que a venda de formol está proibida desde 2009.
Segundo ela, antes do procedimento tinha cabelo curto e enrolado.
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