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Embaixada pede que brasileiros se desloquem por “meios próprios” na Ucrânia

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Embaixada pede que brasileiros se desloquem por “meios próprios” na Ucrânia

Comunidade de descendentes de ucranianos que vivem no Brasil relatam preocupação com compatriotas que estão no país sob ataque.

Por Pesquisa Web

Vista de local do Serviço de Guarda de Fronteira do Estado ucraniano danificado por bombardeios na região de Kiev.

A Embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia, país que está sob ataque da Rússia desde as primeiras horas desta quinta-feira (24), recomendou que os brasileiros que vivem no país “possam deslocar-se por meios próprios para outros países ao oeste da Ucrânia que o façam tão logo possível, após informarem-se sobre a situação de segurança local”. A comunidade ucraniana que vive no Brasil pede uma posição mais firme do governo brasileiro sobre os ataques contra o país do leste europeu e a situação dos brasileiros na Ucrânia.

O comunicado ressalta que as autoridades ucranianas pediram que a população não saia para evitar grandes engarrafamentos nas saídas da capital ucraniana. “Os brasileiros que buscarem deixar a cidade nesse momento devem contar com grandes dificuldades. Solicita-se aguardar novas instruções da embaixada”, informou a embaixada em um aviso emitido por volta das 8h desta quinta.

Na mensagem, a embaixada pediu que os brasileiros que vivem nas regiões na margem esquerda do rio Dnipro, no leste do país, onde se encontram as regiões separatistas, que se dirijam para oeste “por meios próprios ou de modo seguro”.

“[Os brasileiros] devem deslocar-se para Kiev e contatar a embaixada assim que possível pelo plantão consular +380 50 384 5484. Solicita-se que o número seja utilizado apenas em caso de necessidade extrema. Orientações à comunidade continuarão a ser transmitidas por este canal [Telegram e Facebook]”.

Para aqueles que não conseguirem se locomover de forma segura, a embaixada pede que procurem um lugar em segurança “longe de bases militares, instalações responsáveis pelo fornecimento de energia e internet e áreas responsáveis pela produção de energia elétrica”.

Comunidade ucraniana no Brasil

No Brasil, o cônsul-honorário da Ucrânia, Jorge Rybka, lamentou a situação de seu país em um comunicado oficial. “Essa madrugada foi muito triste e muito difícil. Não vou dizer que foi total surpresa, mas, o que queríamos, era que isso não acontecesse. Até o último momento, imaginávamos que a diplomacia seria o caminho”, declarou.

Rybka afirmou que há 600 mil brasileiros origem ucraniana e que todos que vivem aqui estão preocupados com os familiares que estão no país do leste europeu que acordou sob ataque e pedem uma posição mais clara do Brasil.

“Nós, como comunidade de origem ucraniana no Brasil, gostaríamos que o governo brasileiro se posicionasse claramente contra essas ações, essa agressão e promovesse ações para esse combate, com tudo o que possa ser possível ser feito para que Putin retroceda”, afirmou o cônsul, que também falou da preocupação com os brasileiros de origem ucraniana que estão no país sob ataque.

“Além de cônsul-honorário, eu sou o vice-presidente da Representação Central dos Ucranianos no Brasil. Estão todos apreensivos, preocupados. Muitos têm familiares na Ucrânia, em diversas regiões. Infelizmente, esse ataque não se concentra em apenas uma localidade, é pela Ucrânia toda, que está sendo bombardeada. Mísseis estão caindo pela Ucrânia toda, infelizmente, contradizendo tudo o que foi dito até o momento. É muito triste”.

Entenda o ataque

Após semanas de tensão, a Rússia atacou a Ucrânia nas primeiras horas da madrugada desta quinta. Uma operação militar nas regiões separatistas do leste ucraniano, explosões e sirenes foram ouvidas em várias cidades do país.

Autoridades da Ucrânia informaram que dezenas de pessoas morreram e seis aviões russos teriam sido destruídos. Na manhã desta quinta, longas filas se formaram nas principais avenidas de Kiev com moradores tentando deixar a região. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convocou a população para defender o país e disse que “cidadãos podem utilizar armas para defender território”.

Em seu pronunciamento antes do ataque, Putin justificou a ação ao afirmar que a Rússia não poderia “tolerar ameaças da Ucrânia”. Putin recomendou aos soldados ucranianos que “larguem suas armas e voltem para casa”. O líder russo afirmou ainda que não aceitará nenhum tipo de interferência estrangeira.

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