Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
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A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores disse que a greve se tornou ainda mais provável.
Por Pesquisa Web
(Foto: Agência Brasil)
A Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (ABRAVA) disse em nota nesta sexta-feira (17) que o Brasil vai "parar novamente" após a Petrobras anunciar reajuste de 14,25% e 5,18%, no diesel e na gasolina , respectivamente.
"A verdade é que, de uma forma ou de outra, mantendo-se essa política cruel de preços da Petrobras, o país vai parar novamente, se não for por greve, será pelo fato de se pagar para trabalhar. A greve, é o mais provável", afirma.
O aumento no diesel acontece 39 dias depois do último reajuste, de 8,8%. Já a gasolina estava há quase cem dias (99) sem aumento, quando subiu 18,7%.
Com o anúncio, o preço médio de venda de gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Para o diesel, o valor passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro.
A ABRAVA, liderada por Wallace Landim, o Chorão, diz que o aumento se deve à política de preços da Petrobras que vem causando "caos econômico" na sociedade.
Para Landim, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, não ter reestruturado a política da empresa foi a "grande falha e incompetência do Governo Bolsonaro". As críticas não poupam o ministro da Economia, Paulo Guedes.
"O Ministro apelidado de posto Ipiranga, que deveria resolver esse problema é o grande culpado deste caos, e hoje chegamos nesse ponto crítico, sendo que ainda temos sérios riscos de falta de diesel. Bolsonaro precisa entender que ficar dando "xilique" não vai resolver o problema", criticam.
"Os caminhoneiros autônomos tem 3 grandes contas para pagar: 1º A nossa casa, (aluguel, comida, luz, água e etc.), 2º o Diesel (sem ele o caminhão não anda), 3º a manutenção do caminhão, essa terceira conta não está sendo paga, colocando em risco sua própria vida e a de terceiros. Os caminhoneiro estão sendo esmagado pela inflação e pela alta do diesel", finaliza o texto.
Críticas ao PPI
A Frente Parlamentar dos Caminhoneiros solicitou urgência na tramitação de um projeto para analisar o PPI (Preços em Paridade Internacional). Nereu Crispim (PSD-RS), presidente da Frente, diz que Bolsonaro tenta encampar "mais uma mentira" ao retirar sua responsabilidade pelo aumento no preço dos combustíveis.
"Cada vez que ele vem com esse discurso ele [Bolsonaro] está tentando tirar o dele da reta. Ele está tentando responsabilizar terceiros quando a responsabilidade está na sua caneta, na sua mão. Ele tem medo, é frouxo e não tem caráter de cumprir o que prometeu em campanha, que era acabar com o PPI. Ele tá protegendo os banqueiros os acionistas internacionais e os lobistas, levando as riquezas do país para o exterior", critica.
Crispim defende:
Taxação das exportações de petróleo bruto
O deputado solicitou ao presidente do Senado, na última quarta-feira (8 de junho), a criação de uma comissão mista especial para “analisar” a alta dos preços dos combustíveis. O líder da frente não concorda com a política de preços da Petrobras, que tem como base o preço do barril no mercado internacional, e com isso varia de acordo com o preço do barril e também a cotação do dólar.
Ele também critica o impacto do projeto que limita o teto do ICMS dos combustíveis a 17%.
"Pode zerar todos os impostos que não vai resolver. Tem que suspender a resolução 05/2017 que criou o PPI. A redução é momentânea em pouco tempo a variação do dólar e do barril de petróleo vai engolir essa redução", diz.
Desde que o PPI foi implementado, em 2016, no governo de Michel Temer, os combustíveis acumulam uma alta acima da inflação. Levantamento do Observatório Social da Petrobrás (OSP) aponta que, nesse período de cinco anos, a gasolina registrou um aumento real (considerando a inflação) de 39%, com reajuste nominal (sem ajuste da inflação) de 79%. O litro do diesel S-10 superou a inflação em 28,7% e teve crescimento nominal de 60%. Já o gás de cozinha foi o recordista, com uma alta real de 48% acima da inflação e 84% em termos nominais.
Lira cobra renúncia do presidente da estatal
Em reposta ao aumento do preço dos combustíveis, o presidente da Câmara, Arhur Lira (PP-AL), cobrou a renúncia do presidente da Petrobras , José Mauro Coelho. O executivo já foi demitido pelo presidente Jair Bolsonaro, mas até agora não deixou o cargo por conta dos trâmites internos da estatal. Para seu lugar, o governo escolheu Caio Paes de Andrade.
"O presidente da Petrobras tem que renunciar imediatamente. Não por vontade pessoal minha, mas porque não representa o acionista majoritário da empresa - o Brasil - e, pior, trabalha sistematicamente contra o povo brasileiro na pior crise do país", disse o chefe da Câmara, pelas redes sociais.
Após uma reunião do Conselho de Administração convocada em meio a um feriadão prolongado, a Petrobras anunciou nesta quinta-feira (16) novo reajuste nos preços dos combustíveis. A partir de amanhã, a gasolina vai subir nas refinarias de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro, um aumento de 5,18%. Com o diesel, o preço por litro terá alta de R$ 4,91 para R$ 5,61, o que equivale a a um reajuste 14,25%.
Bolsonaro menciona 'caos'
Ignorado pela Petrobras, o presidente Jair Bolsonaro que a estatal pode "mergulhar o Brasil num caos" com o reajuste no preço dos combustíveis anunciado nesta sexta-feira (17).
"A Petrobrás pode mergulhar o Brasil num caos. Seus presidentes, diretores e conselheiros bem sabem do que aconteceu com a greve dos caminhoneiros em 2018, e as consequências nefastas para a economia do Brasil e a vida do nosso povo", disse o presidente numa rede social, lembrando da paralisação dos caminhoneiros em 2018 por conta da alta do óleo diesel.
"O Governo Federal como acionista é contra qualquer reajuste nos combustíveis, não só pelo exagerado lucro da Petrobras em plena crise mundial, bem como pelo interesse público previsto na Lei das Estatais", disse Bolsonaro. Fonte: IG*
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