Novembro Azul: especialista esclarece sobre sintomas e tratamentos contra o câncer de próstata

(Foto: Divulgação)

O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. No Brasil, um homem morre a cada 38 minutos devido ao câncer de próstata, segundo os dados mais recentes do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

No dia 17 é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, data que deu origem ao movimento Novembro Azul e teve início em 2003, na Austrália, com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico da doença.

Desde então, o mês de novembro é marcado por campanhas de orientação e combate ao câncer de próstata, por entender que a única forma de garantir a cura é o diagnóstico precoce.

De acordo com o urologista, Eduardo Pinto, como algumas outras doenças, o câncer de próstata é, também, uma “doença silenciosa” e os homens, principalmente os mais velhos devem estar atentos a alguns sintomas, caso ocorram. “Quando temos sintomas podemos listar: dor e dificuldade ao urinar, presença de sangue na urina e no esperma, dor óssea, diminuição do jato urinário entre outros”, sinaliza.

Eduardo esclarece que o tratamento depende do estágio da doença. “Cada caso deve ser avaliado. Mas, geralmente, os pacientes são submetidos a cirurgia para remoção do órgão. Hoje em dia já existe a técnica inclusive feita por cirurgia robótica. Também podem ser submetidos a tratamento com radioterapia, combinados ou não com Hormonioterapia”, explica.

A melhor forma de prevenção contra a doença é falar sobre o tema e cuidar da própria saúde de forma rotineira, e não somente quando aparece algum problema. “A campanha é válida no sentido de chamar atenção do público masculino, que ao menos uma vez ao ano busque atendimento médico. No caso do câncer de próstata a melhor arma é a prevenção com as consultas anuais e realização de exame de sangue (PSA) e o toque retal”, explica Pinto.

Segundo Eduardo, mesmo na ausência de sintomas, homens a partir dos 45 anos com fatores de risco, ou 50 anos sem estes fatores, devem ir ao urologista para conversar sobre o exame de toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula. “O homem por natureza tem receio de achar “algo errado” em seus exames. Existe também a falta de “cultura do cuidado com a saúde”. E por desinformação também. Por isso, que a campanha do “Novembro Azul” é tão importante no sentido de disseminar as informações sobre o cuidado do homem”, afirma Eduardo Pinto.

Por Maryane Meira

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