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Saúde
Diagnóstico precoce viabiliza o tratamento de lesões pré-cancerígenas.
Por: Camaçari Notícias
(Foto: istockphoto)
O mês de março é dedicado à conscientização e combate ao câncer do colo do útero, associado ao Papilomavírus Humano (HPV). No Brasil, cerca de 10 milhões de pessoas estão infectadas pelo HPV, uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Existem mais de 140 subtipos de HPV, sendo 14 de alto risco para câncer cervical, como os tipos 16 e 18 responsáveis por 70% dos casos.
O HPV também pode causar cânceres de outras regiões, verrugas genitais e lesões pré-cancerígenas. A vacinação é essencial para prevenir essas condições, sendo recomendada antes do início da vida sexual. O preservativo reduz o risco, mas não o elimina totalmente. Exames como Papanicolau, testes de HPV e colposcopia são fundamentais para detectar lesões precocemente.
A tecnologia de testagem molecular para HPV foi incorporada ao SUS em 2024, permitindo um diagnóstico mais preciso e rápido. O tratamento varia conforme a gravidade, podendo incluir medicamentos, procedimentos cirúrgicos, radioterapia ou quimioterapia, conforme orientação médica.
Sinais e sintomas
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses.
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre, aproximadamente, 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
Lesões clínicas: se apresentam como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente de condilomas acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local. Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos.
Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões subclinas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para desenvolver câncer.
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.
Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente).
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