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Mitos e verdades sobre a terapia de reposição hormonal feminina

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Mitos e verdades sobre a terapia de reposição hormonal feminina

Com debates que vão desde sintomas até qualidade de vida, famosas e anônimas põem fim aos preconceitos

Por CN com Assessoria de Comunicação

Foto: Divulgação

A menopausa é um marco na vida da mulher, num período chamado climatério. Ela é definida após a ausência de menstruação por um período de 12 meses consecutivos. No Brasil, a menopausa acontece em média aos 51 anos, podendo chegar mais cedo ou mais tarde, geralmente num intervalo entre os 45 e os 55 anos. A chegada da menopausa traz alguns sintomas, como: secura vaginal, perda da libido, instabilidade emocional, insônia, perda da massa óssea, alteração na distribuição da gordura corporal e ondas de calor, além de outros sintomas menos conhecidos, a exemplo de coceira nas pernas e braços, secura nos olhos, incontinência urinária e o chamado nevoeiro mental (alterações cognitivas).     

A terapia de reposição hormonal tem se mostrado uma excelente opção para as mulheres que buscam por mais qualidade de vida. De acordo com o ginecologista Dr. Jorge Valente, essa terapia é utilizada para mulheres na menopausa, quando os ovários diminuem a produção dos hormônios sexuais, principalmente progesterona, testosterona e estradiol. "Essa reposição busca auxiliar mulheres que estão em déficit hormonal para os patamares da normalidade, de preferência os hormônios bioidênticos", explica o médico.  

Se antes o principal objetivo dessa reposição era amenizar os sintomas da menopausa, estudos mais recentes mostram que, para além disso, a terapia é importante na proteção cardiovascular. Isso porque a principal causa de morbilidade e mortalidade na menopausa não é o câncer, mas sim a doença cardiovascular. O Ministério da Saúde, por exemplo, alerta que as experiências reprodutivas ao longo da vida da mulher, como a menstruação, a gravidez e a menopausa, são fatores de risco para o desenvolvimento de uma doença cardiovascular em fases mais avançadas da vida.  

Porém, é importante que a terapia seja feita sob indicação e com um acompanhamento médico. Isso porque existem mulheres que possuem contraindicação e a automedicação pode aumentar as chances do desenvolvimento de problemas de saúde, como doenças cardiovasculares, trombose, distúrbios hepáticos, câncer de mama e de endométrio, dentre outros.  Para combater os sintomas físicos é importante buscar um médico que tenha uma visão integral, porque existem muitos pilares importantes a serem preservados na mulher durante a menopausa, como o sono, a massa muscular, a imunidade, a disposição, a produção de energia, a sexualidade e a prevenção de doenças. 

O especialista alerta que a terapia hormonal atua na prevenção e regulação desses pilares, mas é importante que a paciente busque por uma melhor qualidade de vida. "O máximo que a gente consegue com a reposição é aumentar a taxa desse hormônio no sangue, mas para que ele exerça sua função é necessária sua entrada na célula e, para isso, a mulher precisa estar desinflamada. Por isso, o estilo de vida é imperioso para a manutenção da saúde na menopausa, com uma alimentação adequada, prática regulares de atividade física e cuidado com o sono", avalia o Dr. Jorge Valente. 

Mitos e verdades 

Muitas mulheres possuem medo de buscar pela terapia de reposição hormonal devido a mitos sobre os possíveis efeitos do tratamento em seu organismo. Para tirar essas dúvidas, conheça alguns mitos e verdades sobre o assunto: 

A terapia de reposição hormonal faz a mulher ganhar peso.  

MITO. Na realidade, a queda de hormônio sexuais contribuem para o ganho de peso ou mudança na composição corporal da mulher. Isso porque o estrogênio é o principal sensibilizador do receptor de insulina. A ausência do hormônio pode aumentar o risco de diabetes tipo 2 e de resistência insulínica, resultando em ganho de peso. Já a testosterona é um dos hormônios que dá disposição para gastar mais energia, que queima gordura e tem uma relação direta com a taxa metabólica basal. 

A terapia ajuda a melhorar a qualidade da pele. 

VERDADE. Após a menopausa, as alterações hormonais podem provocar o aparecimento de acnes, além de conduzir a membranas mucosas secas e frágeis em todo o corpo. Desse modo, a reposição pode ajudar na melhor aparência, elasticidade e viço da pele.  

A terapia de reposição hormonal aumenta as chances de câncer de mama. 

MITO. A relação entre a terapia de reposição hormonal e o câncer de mama é um dos principais mitos sobre o assunto. Estudos mais recentes mostram que quando ministrada doses adequadas de hormônios bioidênticos e durante um tempo limitado, não há associação entre os dois assuntos. Porém, é necessário o acompanhamento de um especialista para que a paciente possa discutir com seu médico os riscos individuais antes de iniciar o tratamento.  

A terapia de reposição hormonal atua na prevenção de osteoporose. 

VERDADE. Um dos muitos benefícios do tratamento é a prevenção da perda óssea, além de atuar na redução de fraturas por osteoporose na pós-menopausa.

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