Casos de influenza B registram aumento de forma atípica nesta estação

Desde agosto, o Brasil tem observado um crescimento nos casos de influenza B, responsável pela gripe. De acordo com dados do Ministério da Saúde, a participação desse vírus nas síndromes respiratórias graves aumentou de quase 2% no final de julho para 12% em outubro, se tornando a segunda principal causa de morte por SRAG, atrás apenas da Covid-19.

Em agosto, a taxa de casos e óbitos quase dobrou, passando de 2% para 5% e 4%, respectivamente. O aumento foi notável em outubro, principalmente nas regiões Sudeste e Sul. Apesar disso, laboratórios privados, segundo o Instituto Todos pela Saúde, reportaram uma leve queda nos testes positivos, que foram de 21,55% no final de setembro para cerca de 18% em outubro.

Esse aumento fora de época é surpreendente, já que os vírus respiratórios geralmente têm pico no outono e inverno. A infectologista Emy Akiyama Gouveia destaca que a temperatura mais amena pode estar contribuindo para essa mudança. Além disso, a baixa adesão à vacinação — com apenas 52% do público-alvo imunizado até 25 de outubro — é um fator relevante. A vacinação anual é crucial, pois os anticorpos diminuem após seis a doze meses.

Os sintomas da influenza B incluem febre, calafrios, dor de garganta, entre outros. A maioria das pessoas se recupera em duas semanas, mas complicações, como pneumonia, podem ocorrer. É importante que aqueles com fatores de risco recebam monitoramento e tratamento adequados, e que qualquer sinal de agravamento leve à busca de assistência médica.

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