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Saúde
Para chegar a esse número, pesquisadores revisaram a literatura médica e rastreou quais quadros estão relacionados com problemas de olfato.
Por: Sites da Web
Não está sentido direito o cheiro da sua comida e nem o aroma do seu desodorante? Este pode ser um sinal de alerta para 139 doenças ou condições de saúde diferentes, como apontam pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine, nos EUA. Para chegar a esse número, a equipe revisou a literatura médica e rastreou quais quadros estão relacionados com problemas de olfato.
Se estiver mesmo com algum problema de olfato, é preciso ter calma. Afinal, a pesquisa norte-americana considera uma enorme variedade de doenças, indo de uma alergia sazonal e um caso de covid-19 até a doença de Alzheimer ou a falta de testosterona. Sozinha, a perda de olfato diz muito pouco e precisa ser melhor investigada.
Problema de olfato é sinal de alerta
Como já adiantamos, as alterações do olfato estão conectadas a uma série de doenças ou condições de saúde. Por exemplo, é comum que o paciente com covid-19 desenvolva anosmia (perda de olfato), parosmia (sentir um cheiro diferente do real ao cheirar uma fruta podre, por exemplo) ou até fantosmia (sentir cheiros que não existem). Outras infecções respiratórias também podem causar alterações.
No extremo oposto, a perda do olfato pode ser considerada como um sinal precoce de Alzheimer, Parkinson e outras demências. Nestes casos, o problema surge muito antes de qualquer perda de memória relacionado ao declínio cognitivo.
Entretanto, é bom ressaltar que, segundo o estudo publicado na revista Frontiers in Molecular Neuroscience, alguns níveis de evidência são mais fortes para algumas condições do que para outras.
Lista de problemas de saúde relacionados
Para dividir as condições de saúde relacionados à dificuldade em sentir cheiros, os pesquisadores estabeleceram três principais categorias: quadros neurológicas (relacionados ao cérebro e ao sistema nervoso), quadros somáticos (que afetam o corpo todo) e quadros congênitos/hereditários (presentes desde o nascimento ou herdadas).
A seguir, confira algumas das doenças ou condições de saúde relacionadas com a perda de olfato:
Quadros neurológicos
Doença de Alzheimer;
Doença de Parkinson;
Esclerose múltipla (ELA);
Depressão;
Ansiedade;
Autismo;
Epilepsia;
Síndrome da fadiga crônica;
Perda de memória com o envelhecimento;
Covid longa;
Enxaquecas;
Problemas de sono;
Esquizofrenia;
Transtorno obsessivo-compulsivo;
Síndrome de Guillain Barré;
Fibromialgia.
Quadros somáticos
Covid-19;
Diabetes;
Câncer (cabeça e pescoço);
HIV;
Alergias;
Asma;
Artrite;
Disfunção erétil;
Doença celíaca;
Doença de Crohn;
Cirrose;
Insuficiência cardíaca;
Doença renal;
Desnutrição;
Pressão alta (hipertensão);
Problemas de tireoide;
Deficiência de vitamina B12;
Deficiência de testosterona;
Deficiência de vitamina D.
Quadros congênitos/hereditários
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Síndrome de Down;
Retinite pigmentosa;
Síndrome do X frágil;
Fibrose cística;
Doença de Wilson.
Lado bom do olfato
Se o número tão grande de problemas ligados com essa disfunção olfativa pode assustar, vale mencionar que já existem algumas estratégias para melhorar a capacidade de sentir cheiros. A mais popular é conhecida como enriquecimento olfativo ou fisioterapia para o nariz. Isso porque a técnica consiste em apresentar diferentes cheiros para o sistema olfativo e treinar o reconhecimento de cada uma dessas novas fragrâncias.
“Descobrimos anteriormente que o enriquecimento olfativo pode melhorar a memória de adultos mais velhos em 226%”, afirma Michael Leon, professor emérito da universidade e principal autor do estudo, em nota. “Agora, sabemos que aromas agradáveis ??podem diminuir o nível de inflamação, apontando para um possível mecanismo pelo qual tais aromas podem melhorar a saúde do cérebro”, sugere.
Apesar das evidências de melhora do bem-estar geral, não foi comprovado que a terapia com cheiros ou outras técnicas similares podem prevenir ou tratar as 139 doenças ou condições de saúde listadas. Fonte: UC Irvine*
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