Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Notícias

/

Saúde

/

Vacina oral para poliomielite é substituída por vacina injetável; entenda a mudança

Saúde

Vacina oral para poliomielite é substituída por vacina injetável; entenda a mudança

Brasil segue uma tendência mundial ao interromper o uso da vacina de gotinha.

Por Camaçari Notícias

Foto: Riza Azhari/Getty Images

A partir desta segunda-feira (4), o Ministério da Saúde fará uma alteração no esquema vacinal contra a poliomielite. As duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb) serão substituídas por uma única dose da vacina inativada poliomielite (VIP). Assim, o esquema vacinal será exclusivamente com a VIP.

O novo esquema de vacinação e reforços para crianças menores de 5 anos (todas com a vacina injetável) é o seguinte:

Primeira dose aos 2 meses;

Segunda dose aos 4 meses;

Terceira dose aos 6 meses;

Reforço aos 15 meses.

Atualmente, o esquema vacinal inclui três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses, além de duas doses de reforço da VOP, administradas aos 15 meses e aos 4 anos.

Essa substituição acompanha uma tendência global e foi amplamente debatida na Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI), com a participação de representantes de diversas instituições, incluindo a Sociedade Científica, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Renato Kfouri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), ressaltou a importância da vacina oral na imunização do país. Ele explicou que a vacina em gotinha era excretada nas fezes das crianças vacinadas, promovendo uma imunização indireta na comunidade ao atingir tanto os vacinados quanto os não vacinados.

Atualmente, essa abordagem não faz mais sentido, pois o vírus selvagem da poliomielite só é encontrado em países como Afeganistão e Paquistão. Além disso, mesmo que raro, o vírus vacinal que permanece no ambiente pode sofrer mutações e perder sua atenuação, tornando-se virulento e causando paralisia em indivíduos não vacinados. Kfouri destacou que atualmente há mais casos de paralisia decorrentes do vírus vacinal do que do vírus selvagem, que foi praticamente eliminado, restringindo-se a apenas dois países.

Ele também lembrou que a vacina é segura e já integra o calendário de imunizações. "Não houve mudanças no esquema de prevenção. As crianças precisam ser vacinadas, pois a paralisia só ocorre em quem não recebeu a vacina."

O Brasil está há 34 anos livre da poliomielite e celebra 47 anos de sucesso na utilização da vacina oral em suas estratégias de imunização, desde a sua introdução oficial em 1977.

Siga o CN1 no Google Notícias e tenha acesso aos destaques do dia.

Relacionados

VER TODOS