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Herpes genital: 1 em cada 5 adultos no mundo tem infecção, diz OMS

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Herpes genital: 1 em cada 5 adultos no mundo tem infecção, diz OMS

Estudo também estima que, pelo menos, uma pessoa por segundo adquira uma nova infecção pela doença.

Por: Sites da Web

Foto: Istockphoto/Banco de imagensins

Cerca de 846 milhões de pessoas entre 15 e 49 anos vivem com infecções por herpes genital, o equivalente a um a cada cinco nesta faixa etária mundialmente. Os dados são de estudo divulgado na terça-feira (10) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que também estima que, pelo menos, uma pessoa por segundo — 42 milhões de pessoas por ano — adquira uma nova infecção pela doença.

Os autores do estudo, publicado na revista Sexually Transmitted Infections, afirmam que novos tratamentos e vacinas são necessários para reduzir os efeitos adversos à saúde do vírus do herpes e para controlar sua disseminação.

“Embora a maioria das pessoas com infecção por herpes genital experimente poucos sintomas, com tantas infecções, o herpes genital ainda causa dor e angústia para milhões de pessoas em todo o mundo e sobrecarrega os sistemas de saúde”, afirma Meg Doherty, diretora dos Programas Globais de HIV, Hepatite e Infecções Sexualmente Transmissíveis da OMS, em comunicado à imprensa.

“Melhores opções de prevenção e tratamento são urgentemente necessárias para reduzir a transmissão do herpes e também contribuirão para reduzir a transmissão do HIV.”

O que é herpes genital?

O herpes genital é uma infecção sexualmente transmissível (IST) causada pelo vírus do herpes simples que provoca o aparecimento recorrente de bolhas pequenas e dolorosas nos órgãos genitais. Geralmente, a infecção é causada pelo vírus do herpes simples tipo 2 (HSV-2).

De acordo com a Mayo Clinic, algumas pessoas infectadas pelo vírus podem ter sintomas leves ou serem assintomáticas. Mesmo nesse último caso, elas podem contaminar outras pessoas.

Os sintomas da doença podem ocorrer de dois a 12 dias após a exposição ao vírus, podendo incluir:

Dor ou coceira ao redor dos órgãos genitais;

Pequenos caroços ou bolhas ao redor dos órgãos genitais, ânus ou boca;

Úlceras dolorosas que se formam quando as bolhas se rompem e sangram ou escorrem;

Crostas que se formam à medida que as úlceras cicatrizam;

Dor ao urinar;

Corrimento vaginal.

No primeiro surto, também é comum sentir febre, dor de cabeça, dor no corpo e gânglios linfáticos inchados na virilha. Após a primeira manifestação da doença, podem surgir outros surtos ou episódios recorrentes. Isso acontece porque o vírus permanece inativo (dormente ou latente) no organismo por toda a vida, podendo causar a reativação da infecção.

Atualmente, não há cura para o herpes, mas os tratamentos podem aliviar os sintomas. Além das bolhas, a doença pode levar a complicações graves, como o herpes neonatal — que ocorre quando a mãe adquire a infecção pela primeira vez no final da gravidez e transmite o vírus ao bebê durante o parto.

520 milhões de pessoas tinham herpes vírus do tipo 2 em 2020

Segundo as estimativas, 520 milhões de pessoas tinham infecção pelo vírus HSV-2 em 2020. Do ponto de vista de saúde pública, esse tipo é mais grave, pois possui maior probabilidade de causar surtos recorrentes, sendo responsável por cerca de 90% dos episódios sintomáticos, além de estar associado a um risco três vezes maior de contrair o HIV.

Nas pessoas sem infecção prévia, o vírus do herpes simples tipo 1 (HSV-1) pode ser adquirido por contato sexual para causar infecção genital na adolescência ou na idade adulta. A estimativa é de que 376 milhões de pessoas tenham tido infecções genitais por esse tipo de vírus em 2020. Destes, estima-se que 50 milhões também tenham infecção pelo HSV-2, pois é possível ter os dois tipos ao mesmo tempo.

Infecções genitais pelo tipo 1 do vírus são maiores

O estudo mostrou que as estimativas de 2020 não apresentaram nenhuma diferença na prevalência de HSV-2 genital em comparação com 2016. No entanto, as infecções genitais causas pelo tipo 1 do vírus são maiores.

Nos últimos anos, vários países observaram mudanças nos padrões de transmissão do HSV-1, com infecções genitais em adultos aumentando à medida que as infecções orais infantis diminuem.

Na visão dos autores, a redução da disseminação oral durante a infância pode estar ligada a fatores como condições de vida menos lotadas e melhor higiene, aumentando a suscetibilidade ao vírus em idades mais avançadas.

“O estigma em torno do herpes genital significa que ele foi discutido muito pouco, apesar de afetar milhões de pessoas em todo o mundo. Não foi feito o suficiente para lidar com essa infecção comum”, afirma Sami Gottlieb, autor do relatório e médico do Departamento de Saúde e Pesquisa Sexual e Reprodutiva da OMS, em comunicado.

“A pesquisa expandida e o investimento no desenvolvimento de novas vacinas e terapias contra o herpes, e seu uso equitativo, podem desempenhar um papel crítico na melhoria da qualidade de vida das pessoas em todo o mundo”, completa.

Diante dos dados, a OMS recomenda o uso correto e consistente de preservativos para reduzir os riscos de transmissão do herpes. Além disso, pessoas com sintomas ativos devem evitar o contato sexual com outras pessoas, pois o vírus é mais contagioso quando há feridas.

A entidade recomenda, ainda, que as pessoas com sintomas de herpes genital façam o teste de HIV e, se necessário, a profilaxia pré-exposição para a prevenção do HIV.  Fonte: CNN Brasil*

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