Fabricante do Ozempic anuncia novo medicamento comparável ao Mounjaro

Desde sua introdução no Brasil em 2018, o Ozempic, da Novo Nordisk, tem gerado uma competição com a Eli Lilly, que busca criar medicamentos mais eficazes para diabetes e obesidade, dentro da classe dos agonistas do receptor GLP-1. A mais recente aposta da Novo Nordisk é o CagriSema, um medicamento combinado que une semaglutida (presente no Ozempic e Wegovy) e cagrilintida.

Em um estudo de 68 semanas, os participantes que usaram CagriSema perderam cerca de 23% do peso corporal, superando os 16% de perda com semaglutida isolada e os 12% com cagrilintida sozinha. Porém, o resultado ficou abaixo da expectativa de 25% de perda de peso. Enquanto isso, a tirzepatida da Lilly, aprovada para obesidade nos EUA e no Brasil, mostrou perda média de 21% após 72 semanas de tratamento. Outro medicamento da Lilly, o retatrutida, teve uma perda de 24% após 48 semanas. A Novo Nordisk, apesar do resultado abaixo do esperado, se mostrou otimista com o CagriSema, mostrando sua superioridade em relação a tratamentos isolados. Contudo, a notícia causou uma queda de 19% nas ações da empresa.

O CagriSema apresentou efeitos colaterais semelhantes a outros medicamentos da classe GLP-1, com predominância de reações gastrointestinais, geralmente leves a moderadas. A Novo Nordisk aguarda os resultados de um segundo estudo de Fase 3 em pacientes com diabetes tipo 2, previsto para o primeiro semestre de 2025.

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