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Saúde
Embora represente 2% dos tumores malignos masculinos, doença causou 4.500 mortes em uma década no país
Por: CN com Assessoria de Comunicação
Foto: Freepik
Em fevereiro, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de pênis, dados alarmantes da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelam a dimensão deste problema de saúde pública no Brasil: uma média de 585 amputações do órgão - totais e parciais -, são realizadas anualmente, com mais de 22 mil internações registradas na última década.
"Embora o tumor represente apenas 2% das neoplasias masculinas, sua gravidade e impacto na qualidade de vida dos pacientes exigem atenção redobrada. Por se tratar de um tipo de câncer agressivo, é essencial o foco na redução e diminuição dos sintomas", alerta o oncologista Denis Jardim, líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas
O especialista explica que o câncer de pênis é caracterizado pelo desenvolvimento de células malignas que podem afetar diferentes partes do órgão, principalmente a glande e o prepúcio. "O prognóstico não é de cura, mas de controle, e se torna ainda mais difícil quando o diagnóstico é tardio", enfatiza Jardim, destacando a importância da detecção precoce.
A doença possui uma peculiaridade preocupante: diferentemente de outros tipos de câncer, está fortemente relacionada a fatores sociais e hábitos de vida modificáveis. "Homens que não se submeteram à circuncisão têm maior predisposição ao câncer de pênis", explica o oncologista, ressaltando que a fimose - condição em que há estreitamento do prepúcio - compromete significativamente a higiene adequada do órgão.
Entre os principais fatores de risco, destacam-se as baixas condições socioeconômicas e educacionais, má higiene íntima, infecção por HPV (papilomavírus humano) e múltiplas exposições sexuais sem proteção. Os sinais de alerta incluem lesões ou úlceras persistentes na glande, prepúcio ou corpo do pênis, além de alterações na espessura ou coloração da pele do órgão.
"Caso algum sinal seja percebido, é de extrema importância buscar aconselhamento médico para o início do tratamento", reforça Jardim. O diagnóstico é confirmado através de biópsia, e as opções terapêuticas variam conforme o estágio da doença. Em casos iniciais, pode-se optar pela ressecção apenas da área afetada. Já em situações mais avançadas, a amputação completa do órgão e a retirada dos linfonodos podem ser necessárias.
A gravidade do cenário brasileiro se reflete nos números: nos últimos dez anos, foram registradas 4.500 mortes pela doença. O que torna esses dados ainda mais impactantes é o fato de que o câncer de pênis é um dos poucos tipos de tumor que podem ser efetivamente prevenidos através de medidas relativamente simples.
A prevenção inclui a higiene diária adequada do órgão, expondo a glande e utilizando água e sabão, especialmente após relações sexuais e masturbação. A vacinação contra HPV, disponível gratuitamente para meninos de 11 a 14 anos, e a correção cirúrgica da fimose também são medidas preventivas fundamentais.
O mês de fevereiro traz uma oportunidade crucial para ampliar a conscientização sobre esta doença que, apesar da baixa incidência, continua causando graves consequências para a saúde masculina. "A educação em saúde e o acesso à informação são fundamentais para reverter este quadro", conclui Jardim, ressaltando que o diagnóstico precoce pode evitar desfechos mais graves como a amputação e aumentar significativamente as chances de controle da doença.
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