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Entidades médicas pressionam ANS para ampliar faixa etária de mamografia de rastreamento

Saúde

Entidades médicas pressionam ANS para ampliar faixa etária de mamografia de rastreamento

Entidades médicas pedem revisão das diretrizes para mamografia, visando diagnóstico precoce e redução da mortalidade por câncer de mama.

Por: Camaçari Notícias

Foto: Getty Images

Entidades médicas brasileiras estão fazendo pressão sobre a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para revisar as diretrizes atuais e ampliar a faixa etária recomendada para mamografias de rastreamento. Atualmente, o Ministério da Saúde indica que o exame seja realizado a cada dois anos para mulheres entre 50 e 69 anos. No entanto, especialistas apontam que o rastreamento deveria começar aos 40 anos e se estender até os 74 anos, com o objetivo de permitir um diagnóstico mais precoce e aumentar as chances de tratamentos eficazes.

O apelo das entidades médicas é fundamentado em dados alarmantes que indicam um aumento no número de casos de câncer de mama em mulheres mais jovens e idosas, grupos nos quais os tumores tendem a ser mais agressivos. Para os especialistas, a detecção precoce é fundamental para reduzir a mortalidade, evitando que os tumores evoluam para estágios mais avançados, quando as opções de tratamento se tornam mais complexas e invasivas.

Estudos também sugerem que a antecipação do diagnóstico pode diminuir a necessidade de intervenções mais drásticas, como cirurgias agressivas e quimioterapia, além de contribuir para a redução da mortalidade associada à doença.

No entanto, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) tem um posicionamento cauteloso. A instituição alerta sobre o risco de sobrediagnósticos e tratamentos desnecessários, especialmente em mulheres com menos de 50 anos, devido à maior densidade mamária nessa faixa etária. A densidade pode dificultar a precisão dos exames, resultando em diagnósticos falsos positivos que podem levar a tratamentos invasivos sem necessidade.

A ANS, por sua vez, informou que está avaliando a proposta das entidades médicas e ainda não tem uma previsão para a decisão final sobre a ampliação da faixa etária para mamografias de rastreamento.

O debate sobre a ampliação do rastreamento de câncer de mama segue em aberto, e as entidades médicas insistem que a revisão das diretrizes é uma questão de saúde pública, que pode salvar vidas e melhorar a qualidade do tratamento para muitas mulheres.

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