Menopausa: Desafios e impactos para as mulheres brasileiras

Cerca de 8 a cada 10 mulheres brasileiras enfrentam algum tipo de impacto negativo relacionado à menopausa, uma fase da vida que marca o fim da vida reprodutiva. De acordo com a pesquisa Experiência e Atitudes na Menopausa, realizada pela farmacêutica Astellas em seis países, as brasileiras estão entre as mulheres que mais sofrem com os efeitos dessa fase em todo o mundo.

Os impactos da menopausa vão além das alterações físicas. A pesquisa revelou que sentimentos psicológicos negativos são comuns, com 58% das mulheres relatando ansiedade, 26% enfrentando episódios de depressão, e 20% sentindo-se constrangidas. Além disso, 16% das entrevistadas afirmaram que a menopausa desperta um sentimento de vergonha.

A reportagem de O GLOBO explica que a menopausa é oficialmente definida após 12 meses consecutivos sem menstruação. A média de idade para o início dessa fase nas brasileiras é aos 48 anos. No entanto, a transição para a menopausa é dividida em duas fases: a perimenopausa, quando os sintomas começam a se manifestar, e a pós-menopausa, que ocorre após a cessação definitiva da menstruação.

Com mais de 50 sintomas associados à perimenopausa e à pós-menopausa, a mulher pode vivenciar uma série de dificuldades físicas, cognitivas e emocionais. Entre os sintomas mais comuns estão confusão mental, dificuldade de concentração, queda de cabelo, dor nas articulações, osteoporose, secura vaginal e incontinência urinária. Os sintomas vasomotores, como ondas de calor e suores noturnos, são particularmente impactantes, com mais de 80% das mulheres relatando sua ocorrência.

Esses sintomas interferem diretamente na qualidade de vida das mulheres, sendo a principal razão pela qual muitas buscam orientação médica. A menopausa, portanto, representa um desafio multifacetado, não apenas para o corpo, mas também para o bem-estar emocional e psicológico das mulheres.

Com o aumento da conscientização sobre os efeitos da menopausa, é essencial que a sociedade ofereça apoio às mulheres, proporcionando mais informações, empatia e acesso a cuidados médicos adequados.