Anvisa interdita pasta de dente após relatos de reações adversas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, na quarta-feira (26), a interdição cautelar da pasta de dente Colgate Clean Mint em todo o Brasil. A medida, válida inicialmente por 90 dias, foi tomada após a agência registrar oito notificações envolvendo 13 casos de eventos adversos entre janeiro e março deste ano.

Entre os sintomas relatados por consumidores estão inchaço nas amígdalas, lábios e mucosa oral, sensação de ardência, dormência na boca, ressecamento, irritação gengival e vermelhidão, conforme divulgado pelo UOL.

A Colgate-Palmolive ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão. Em nota anterior, a empresa afirmou que o fluoreto de estanho, presente na nova fórmula, é seguro, eficaz e amplamente utilizado em cremes dentais ao redor do mundo. Segundo a marca, a reformulação do produto foi resultado de mais de uma década de pesquisa e desenvolvimento, com testes extensivos, inclusive no Brasil.

Essa não é a primeira vez que um produto da empresa enfrenta questionamentos. A nova fórmula do Colgate Total Prevenção Ativa, lançada em julho de 2024 com fluoreto de estanho no lugar do fluoreto de sódio, já havia gerado debates sobre possíveis reações alérgicas.

A Anvisa permitirá que a empresa recorra da interdição dentro do prazo de 90 dias. Enquanto isso, a agência segue monitorando novos casos e aguardando pareceres técnicos das entidades envolvidas. Consumidores que apresentarem reações ao usar o produto devem buscar atendimento médico e registrar a ocorrência no sistema Vigipós da Anvisa.

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