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Saúde
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Mulheres que deixam para engravidar pela primeira vez mais tarde, tendência atual, podem ter o problema.
Cólicas e sangramento excessivo na menstruação podem ser alertas de perigo à saúde. Além da conhecida endometriose, mulheres precisam ter cuidado com a adenomiose. A patologia atinge cerca de 15% das com mais de 35 anos, segundo a Sociedade de Endometriose e Patologia Uterina. Se não for cuidada logo, ela pode provocar até a infertilidade.
A adenomiose é caracterizada pela presença de uma das camadas finas do útero (endométrio) dentro da mais grossa (miométrio).
Especialista em reprodução feminina da Insemine, João Sabino diz que o mal é a “doença da moda”, por estar relacionado à gravidez tardia, já que muitas priorizam o mercado de trabalho antes da maternidade.
Apesar de os cientistas ainda não conhecerem as causas da doença, Sabino crê em um fator genético. “Essa doença pode dificultar a gravidez ou provocar até mesmo a infertilidade, porque o embrião tem dificuldade de se fixar no útero”, explica o especialista. Segundo ele, quanto mais as mulheres esperarem para engravidar, mais riscos têm de contrair a doença. “Por consequência, elas ainda poderiam se tornar inférteis”, explica o professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Aos primeiros sintomas, o ideal é procurar um ginecologista. O diagnóstico pode ser feito por ultrassonografia ou ressonância magnética. Mas, se a doença for descoberta tarde, a mulher corre o risco de ter que tirar o útero, para aliviar as dores. “Esses casos são os mais comuns, porque as pacientes e alguns médicos ainda não têm informações sobre a doença. Se a patologia for detectada logo, é possível tratá-la por meio de hormônios”, ressalta o especialista.
Endometriose: diferenças e semelhanças
É preciso cuidado para não confundir os sintomas da adenomiose com os da endometriose: as duas são caracterizadas por cólicas menstruais fortes e sangramentos. Além disso, a endometriose também dificulta a gravidez: é a principal causa de infertilidade feminina no Brasil, diz o especialista João Sabino.
Apesar de as duas deslocarem o endométrio, apenas na endometriose ele pode se espalhar por outros órgãos, como bexiga, trompas e ovários. Essa doença pode também provocar dores nas relações sexuais e na região pélvica. Sabino sugere que as mulheres procurem logo um ginecologista, que indicará um exame de laparoscopia.
“A endometriose pode ser tratada por meio de medicamentos, com o hormônio progesterona. Em casos mais graves, às vezes é necessário fazer uma cirurgia para retirar os pontos da doença nos outros órgãos. Mas sem a necessidade de retirar o útero”, diz o especialista. Informações do O Dia.
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