Taxa de desocupação no Brasil atingiu o segundo menor patamar em 12 anos
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Saúde
Paciente de 35 anos mora em Fortaleza.
Por Sites da Web
(Foto: Shutterstock)
O primeiro caso de varíola dos macacos (monkeypox) foi confirmado no Ceará na quarta-feira, 29. O paciente tem 35 anos, reside na Capital cearense e tem histórico de deslocamento recente para São Paulo e Rio de Janeiro, conforme a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa). Ao todo, o Estado já teve 14 notificações da doença, sendo que dois casos foram descartados e outros 11 seguem em investigação.
Os casos descartados laboratorialmente foram dos municípios de Fortaleza (1) e Maracanaú (1). Quanto aos demais, os pacientes suspeitos são residentes dos municípios de Fortaleza (5), Cedro (1), Caucaia (1), Caridade (1), Russas (1), São Gonçalo do Amarante (1) e Ocara (1).
"Em todas as notificações foram aplicadas as medidas recomendadas, como isolamento, busca ativa de contatos e coleta de material para exames laboratoriais para elucidação do caso e para diagnóstico diferencial para outras doenças, que estão em processamento", diz a Sesa.
A secretaria fará coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 30, para divulgar mais dados do caso confirmado de Monkeypox. Participarão do encontro a secretária executiva de Executiva de Atenção à Saúde e Desenvolvimento Regional (Seade) da Sesa, Tânia Mara Coelho, a secretária executiva de Vigilância e Regulação da Sesa, Sarah Mendes, e a secretária de Saúde de Fortaleza, Ana Estela Leite.
Os casos em investigação da doença correspondem a quase o triplo do registrado pelo Estado no dia 21 de junho, quando três casos eram investigados pela pasta estadual. Além do caso confirmado no Ceará, outros 21 pacientes estão confirmados com varíola dos macacos no Brasil, sendo 14 em São Paulo, dois no Rio Grande do Sul e cinco no Rio de Janeiro.
Segundo balanço desta quarta-feira Ministério da Saúde, outros 23 casos estão em investigação nos estados do Ceará, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Espírito Santo, Acre, Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rio, além do Distrito Federal.
“É importante manter certa tranquilidade”, aponta infectologista
Ainda que a confirmação do primeiro caso da doença no Ceará seja uma notícia relevante e que traz preocupações, é necessário manter certa tranquilidade para lidar com a infecção. É o que ressalta o médico infectologista Roberto da Justa, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante do Coletivo Rebento/Médicos em Defesa da Vida, da Ciência e do SUS.
Conforme o especialista, a situação da varíola dos macacos ainda é muito incipiente, com poucos casos confirmados, e não há nada que sugira que a enfermidade se tornará um problema de saúde muito relevante, como acontece com a Covid-19. Ele explica que a transmissão não é tão fácil como a causada pelo novo coronavírus e enfatiza que não há motivo para pânico neste momento.
“É interessante que as pessoas naturalmente procurem se informar sobre como um caso é notificado e pessoas que estiveram em regiões com alta circulação do vírus e desenvolvam sintomas sugestivos procurem um serviço médico”, explica da Justa, lembrando que a doença se assemelha com os sintomas da catapora (varicela) e as duas podem ser confundidas por pessoas leigas.
O professor acrescenta ainda que é necessário que a comunidade científica trabalhe para descobrir lacunas da doença que seguem em aberto. “É uma doença nova, não se sabe muito sobre ela. Em 2022, o número de casos em humanos se ampliou bastante no mundo todo e não se sabe o que aconteceu exatamente para que a doença se propagasse dessa forma”, disse. “Também está em dúvida a sua transmissão, já que há indícios que ela também é transmitida por via sexual”, argumenta o médico.
Lauro Perdigão, infectologista e diretor técnico do Hospital São José, explica que a varíola dos macacos costuma representar um quadro mais leve do que a varíola humana. “Até 30% dos pacientes evoluíram para óbito por essa doença. Já na varíola dos macacos, em torno de 1% dos pacientes podem evoluir para casos mais graves”, ressalta em vídeo enviado por sua assessoria de imprensa.
O gestor aponta que neste momento os cuidados devem ser tomados a partir da confirmação de um paciente suspeito ou com exame positivo. “O paciente deve entrar em isolamento social e as pessoas em contato com esse caso devem usar máscara e evitar compartilhamento de objetos pessoais para evitar que sejam infectadas”, aponta.
O que sabemos sobre a doença
Como é transmitida?
- Principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias. Como as gotículas não podem viajar muito, é necessário um contato pessoal prolongado;
- Fluidos corporais, contato com alguma lesão ou contato indireto com o material da lesão;
- Por meio da mordida de animais que carregam o vírus ou consumo destes.
Como se prevenir?
- Evitando contato com pessoas com caso suspeito e objetos que essas pessoas tenha usado, bem como com animais que possam estar doentes;- Uso de máscara de proteção e o distanciamento.
Quais os principais sintomas?
- A doença tem período de incubação pode variar de 5 a 21 dias;
- O estágio febril da doença geralmente dura de 1 a 3 dias (febre, dor de cabeça intensa, inchaço dos gânglios linfáticos, dor nas costas, dor muscular e falta de energia);
- O estágio de erupção cutânea, com duração de 2 a 4 semanas (lesões evoluem de máculas — lesões com base plana — para pápulas — lesões dolorosas firmes elevadas).
Qual a gravidade da varíola dos macacos?
- Além de transmissão menor, a letalidade da varíola dos macacos também é bem menor em comparação à varíola humana. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a taxa de mortalidade da doença surgida mais recentemente é de 3% a 6%. A mortalidade da varíola humana chegava a 30%, conforme o órgão.
- Em geral, os pacientes tomam remédios apenas para tratar os sintomas como dor de cabeça e febre. Casos mais graves podem ocorrer em gestantes, idosos, crianças e pessoas que têm doenças que diminuem a imunidade.
Existem vacinas disponíveis que protegem contra a doença?
- As vacinas contra varíola comum (humana) protegem também contra a varíola dos macacos. Com a erradicação da doença no mundo, em 1980, a vacina deixou de ser aplicada. Pessoas que foram vacinadas há mais de 40 anos contra a varíola humana ainda podem ter alguma proteção;
- Ainda não há recomendação para a vacinação em massa. E não há vacinas disponíveis no mercado neste momento. Se houver surto ou grande frequência de casos, pode ser necessário acionar a indústria para essa produção. As informações são do Jornal O Povo*
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