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Lula adota tom conciliador em primeiro discurso como presidente eleito

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Lula adota tom conciliador em primeiro discurso como presidente eleito

O presidente eleito agradeceu todos os partidos e aliados que formaram a sua coligação.

Por Pesquisa Web

 Lula na coletiva da vitoria — Foto: Foto: Reprodução/Facebook/Foto: Reprodução/Facebook

No primeiro pronunciamento como presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) exortou a união dos brasileiros, afirmando que governará para 215 milhões de brasileiros, e não apenas para aqueles que votaram nele. Ele acrescentou que a “roda da economia vai voltar a girar”, prometendo geração de empregos, valorização dos salários e renegociação das dívidas das famílias, o combate à fome e à pobreza. A informação é do Valor Investe*

“A ninguém interessa viver num país dividido, em permanente estado de guerra, este país precisa de paz e de união, esse povo não quer mais brigar” afirmou.

“Nosso compromisso mais urgente é acabar outra vez com a fome. Não podemos aceitar como normal que milhões de homens, mulheres e crianças neste país não tenham o que comer, ou que consumam menos calorias e proteínas do que o necessário”, afirmou em discurso.

Num aceno aos evangélicos, que votaram em peso no presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula abriu o discurso agradecendo a Deus. Também citou Jesus Cristo em seu pronunciamento, lembrando que a principal lição cristã é a de amor e respeito ao próximo.

O presidente eleito agradeceu todos os partidos e aliados que formaram a sua coligação, e fez um gesto especial ao vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB), à senadora Simone Tebet (MDB-MS), que ficou em terceiro lugar na disputa presidencial, e à deputada reeleita Marina Silva (Rede-SP), que se engajaram na campanha do segundo turno.

Lula também pregou o diálogo com os governadores e os prefeitos, com empresários, trabalhadores e a sociedade civil organizada. “Não interessa o partido ao qual pertençam o governador e o prefeito, nosso compromisso será sempre com melhoria de vida da população de cada Estado, de cada município deste país”.

Ele também se comprometeu em restabelecer o diálogo entre empresários, trabalhadores e sociedade civil organizada, com a volta do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o “Conselhão", que funcionou durante os seus dois primeiros mandatos. “As grandes decisões políticas que impactem as vidas de 215 milhões de brasileiros não serão tomadas em sigilo, na calada da noite, mas após um amplo diálogo com a sociedade”, prometeu.

Lula afirmou que vai reconquistar a “credibilidade, a previsibilidade e a estabilidade do país”, para que os investidores nacionais e estrangeiros retomem a confiança no Brasil.

Ao lado da deputada eleita e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede-SP), o presidente eleito comprometeu-se com “desmatamento zero” na Amazônia. Acenou para um comércio internacional mais justo, retomar parcerias com os Estados Unidos e a União Europeia em novas bases.

“Vamos re-industrializar o Brasil, investir na economia verde e digital, apoiar a criatividade dos nossos empresários e empreendedores”, completou. “O Brasil está pronto para retomar o seu protagonismo na luta contra a crise climática, protegendo todos os nossos biomas, sobretudo a Floresta Amazônica”, ressaltou.

Ao fim, Lula comprometeu-se em trabalhar sem descanso por um Brasil onde o “amor prevaleça sobre o ódio, a verdade vença a mentira, e a esperança seja maior que o medo”.

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