Em guerra com a milícia, bandidos sequestram líder ao se passarem por policiais
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Política
Nova legislação unifica em nível nacional normas básicas para corporações.
Por G1
O presidente Lula durante cerimônia no Palácio do Planalto — Foto: Reprodução/Canal Gov
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou, com vetos, a Lei Orgânica das Polícias e Bombeiros Militares. O texto organiza e unifica, em nível nacional, as regras aplicadas para essas categorias.
A sanção com quase 30 vetos foi publicada na edição desta quarta-feira (13) do "Diário Oficial da União". Caberá ao Congresso, em sessão ainda sem datar definida, decidir se mantém ou derruba os vetos de Lula.
Parte dos vetos foi antecipado pelo relator do projeto no Senado, Fabiano Contarato (PT-ES). Entre outros, caíram os seguintes trechos:
Caso deputados e senadores optem por derrubar os vetos, entrarão em vigor os trechos da nova legislação barrados por Lula.
Outros vetos:
O que foi sancionado:
A lei sancionada reafirma as polícias militares e os corpos de bombeiros militares como "instituições militares permanentes, exclusivas e típicas de Estado, essenciais à Justiça Militar".
Especialistas veem poucas mudanças com vetos
Para o tenente-coronel aposentado da PM de São Paulo Adilson Paes de Souza, os vetos mudam pouco o conjunto da lei. Ele cita como exemplo positivo os trechos sobre cota feminina e ouvidorias vinculadas aos comandantes das corporações.
"Não vejo mudanças significativas para melhor", diz. "Temos uma polícia hipermilitarizada e que avança sua atuação para outros setores da administração pública. Isso é perigoso para a nossa democracia", avalia o policial da reserva.
Um veto que Adilson discorda é o que define as regras para manifestações politico-partidárias pelos policiais. Para ele, o PM tem direitos políticos que podem ser exercidos em folga, sem vínculo com a corporação.
"O policial tem o direito de participar, tem o direito de criticar quem ele votou, ainda que em folga", afirma.
Na atual regra, os policiais estão submetidas às leis que restringem o direito de manifestação. Contudo, a avaliação do tenente-coronel é de que cada caso é avaliado de um jeito e policiais são punidos ou não a depender de quem eles criticam.
Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, tem a mesma avaliação de que vetos de Lula alteram pouco a lei orgânica das PMs.
"Aparentemente, 28 vetos são muitas coisas, mas eles não mudam a essência fundamental do projeto", diz. "Eu acho que o governo optou por sancionar o projeto na essência do que chegou do Congresso e fazer algumas concessões para a sociedade civil e, de certa forma, fazer ajustes mais de natureza orçamentária e de aspectos constitucionais. Mas só", afirma.
Entre os vetos, ele considera que houve uma "concessão para a sociedade civil" na cota feminina e ao barrar as ouvidorias militares.
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